quarta-feira, 28 de agosto de 2013

7. Etapa do CTSG - Clube Juvenil - Cxs do Sul



INSCRIÇÕES
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7ª etapa do circuito da serra - de 12 a 15 de Setembro, inscrições até 08/09.

Aberto Clube Juvenil/Brisa Open - de 19 a 22 de Setembro, inscrições até 15/09.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Aberto de Tênis de Caxias do Sul - PROGRAMAÇÃO



US Open de Tênis

     Este não é o torneio mais tradicional de tênis e tampouco o mais charmoso. Mas este é, sem dúvida, o mais badalado torneio de tênis do mundo. O US Open é o último torneio do circuito Grand Slam disputado no ano. O Grand Slam tem início em janeiro com a disputa do Australian Open, segue em maio com Roland Garros, julho com Wimbledon e encerra em setembro no US Open, realizado em Nova York.

     O torneio é disputado em quadras rápidas e alguns jogadores se saem excepcionalmente bem por lá. Além dos jogos, muita coisa acontece no US Open. É lá que os jogadores desfilam seus novos uniformes e patrocinadores. Afinal, o torneio acontece no complexo de Flushing Meadows, segundo maior parque público de Nova York.

US Open
Roger Federer


     O US Open é organizado pela USTA (United States Tennis Association), entidade que comanda o tênis norte-americano e que sabe explorar muito bem o torneio em termos de marketing e merchandising. Os ingressos são colocados à venda com meses de antecedência e tem pacote para agradar o gosto de qualquer freguês. Diferentemente de Wimbledon e Roland Garros, cujos jogos só podem acontecer com luz natural, os jogos do US Open são também disputados à noite, sendo este mais um grande atrativo para o público.
US Open Series
A USTA também é promotora do US Open Series (série de sete grandes torneios). Dizem as más línguas que a criação do US Open Series, em 2005, foi uma tentativa desesperada da USTA para trazer os melhores jogadores do mundo para jogar em solo norte-americano. Até então, os grandes tenistas disputavam apenas os Master Series do Canadá e Cincinatti e não davam muita importância para os ATP`s (torneios realizados pela Associação dos Tenistas Profissionais e que não ofereciam uma premiação tão elevada). Para tanto, a USTA criou o US Open Series que possui uma pontuação à parte, assim como uma “gorda” premiação.

     Agora, para os jogadores, nada melhor do que uma bela premiação – e isto, o US Open também oferece, e como! O Grand Slam norte-americano foi o primeiro a pagar o mesmo prêmio para homens e mulheres. A USTA aumenta a premiação do evento ano a ano, gradativamente. Em 2010, o campeão e a campeão levaram para casa nada menos do que 1,7 milhão de dólares - maior premiação da história do tênis.

US Open Series
Andy Murray


     A grana é tanta que o torneio premia também os jogadores de qualifying, distribuindo nada menos do que US $ 1 milhão, premiação maior do que a distribuída, por exemplo, no maior torneio disputado no Brasil – o Brasil Open de Tênis. E não acaba por aí. Há ainda um “bônus” de US$ 1 milhão para o jogador que, além de computar o maior número de pontos no US Open Series, também sagrar-se campeão do US Open.

A história do US Open

     O US Open é realmente especial. Diferentemente dos outros Grand Slams, o campeonato foi disputado em diferentes sedes e até mesmo em diferentes pisos. Engana-se quem pensa que o torneio sempre foi disputado em quadra dura.

A primeira edição do US Open, na época chamado de Campeonato Nacional Norte-Americano, foi disputada em agosto de 1881 e foi extremamente fechada. Uma única chave foi disputada – simples masculina - e apenas jogadores de clubes filiados à Associação de Tênis de Grama dos Estados Unidos puderam participar.  O campeonato era uma grande final de outros torneios realizados no país. Essa primeira edição foi disputada no Cassino de Newport, em Rhode Island.

US Open
Imagem cedida pela USTA
Jimmy Connors


     Em 1887 as mulheres foram aceitas, porém, deveriam disputar um campeonato apenas de mulheres e em outro local! Sendo assim, o primeiro Campeonato Nacional de Mulheres dos EUA foi disputado no Philadelphia Cricket Club. Em 1889 tiveram início as disputas de duplas e em 1892 foram realizadas as primeiras chaves de duplas mistas.

     O US Open também passou por diversas sedes. Até 1913 os homens disputavam em Rhode Island. No ano seguinte, o campeonato passou a ser disputado no West Side Club, Forest Hills, Nova York. Em 1923, nova mudança. Os jogos foram para o Germantown Cricket Club, na Filadélfia. No ano seguinte, voltaram para Forest Hills. Entre os anos de 1946 e 1967 as partidas, tanto masculinas como femininas, foram disputadas no Longwood Cricket Club, em Massachussets.

US Open
Imagem cedida pela USTAJames Blake


     Em 1968, porém, veio a grande mudança. Com o advento do “tênis aberto” através do qual se permitiu a participação de tenistas profissionais, todas as cinco chaves do torneio  (simples masculina e feminina, dupla masculina e feminina e dupla mista) passaram a ser disputadas em um único local. Até então, as chaves de duplas eram disputadas cada ano em um local diferente. Além da presença de “estrangeiros” o torneio deixou de ser disputado na grama e passou a ser jogado no saibro. Isso mesmo, saibro – para desgosto dos principais tenistas norte-americanos da época. Essa primeira edição reuniu 96 homens e 63 mulheres e distribuiu US$ 100 mil.
O piso da quadra do US Open
Atualmente o US Open é disputado na superfície DecoTurf, uma das mais reconhecidas superfícies de quadra de tênis.  O piso é um dos preferidos dos tenistas (com exceção dos brasileiros!) e organizadores de grandes torneios. Trata-se de uma superfície rápida acolchoada em múltiplas camadas e que mantém a velocidade do jogo e quique da bola no decorrer do torneio. O piso também não exige muita manutenção. Além do US Open, que utiliza o piso desde 78, esta também é a superfície utilizada pelo COI nos Jogos Olímpicos de Atenas e Pequim. A ITF (International Tennis Federation) também utiliza o DecoTurf na Copa Davis e Fed Cup.

     Em 1978 o torneio passou a ser disputado no Flushing Meadows Corona Park e, finalmente, os jogos foram disputados em quadra dura. Apesar do nome ter mudado para Aberto dos EUA (US Open) poucos foram os vencencedores estrangeiros da época – os norte-americanos Jimmy Connors, John McEnroe e Chris Evert faturaram juntos 15 títulos. Mais tarde ainda o público acompanhou a ascenção de outro grande jogador prata da casa – Pete Sampras – que venceu cinco vezes o campeonato.

US Open
Imagem cedida pela USTASerena Williams


     Com a ajuda de um dos maiores magnatas do petróleo da época, o complexo de Flushing Meadows foi completamente reestruturado. Anos mais tarde a USTA investiu nada menos do que US$ 235 milhões para construir a atual quadra central do torneio – o estádio Arthur Ashe. O estádio homenageia um dos maiores ídolos do tênis norte-americano e que venceu o torneio em 68.  Hoje o estádio tem capacidade para 24 mil pessoas e é maior do que muito estádio de futebol.

     A segunda quadra mais importante de Flushing Meadows é chamada de Louis Amstrong e homenageia o astro do jazz, em Queens, bairro que passou a sediar o evento. Além desses dois estádios, o complexo conta ainda com uma terceira grande quadra além de outras 21 espalhadas pelo parque.

Curiosidades

  • A maior tenista brasileira de todos os tempos, Maria Esther Bueno, conquistou nada menos do que oito títulos no US Open, sendo quatro na chave de simples (1959, 1963, 1965 e 1966). Um fato curioso aconteceu na volta para casa após a vitória em 59. Maria Esther Bueno foi barrada na alfândega brasileira que quis porque quis cobrar imposto sobre o seu troféu.
  • No dia 20 de julho de 2008 o estádio Arthur Ashe foi palco pela primeira vez de uma partida que não era de tênis. As equipes do Indiana Fever e do New York Liberty, que jogam pela NBA feminina dos EUA (WNBA) disputaram o primeiro jogo profissional de basquete sem ser em quadra coberta. No final da partida, que praticamente lotou o estádio, o que as jogadoras mais comentaram foi sobre o calor e a umidade, já que não estavam acostumadas a jogar em quadra descoberta.
  • O Arthur Ashe´s Kids Day, que acontece tradicionalmente no sábado que antecede o torneio, é um evento e tanto.  Ao todo, 15 grandes empresas patrocinam o evento como a Nike, IBM, Olympus, Nickelodeon, entre outras.  O público tem acesso livre ao complexo desde às 10h. Às 13h15, porém, iniciam-se as clínicas, exibições e shows com transmissão ao vivo pelo canal CBS. Os ingressos custam até US$ 20,00 e esgotam-se rapidamente.

US Open
Imagem cedida pela USTA
Marat Safin dá autográfo durante Arthur Ashe Kid´s Day


  • Em 1993, o tenista brasileiro Fernando Meligeni, o Fininho, era um mero desconhecido e mais um tenista a disputar a chave de qualifying do torneio. Naquela época, por falta de patrocinador e sem recursos (como a grande maioria dos tenistas que estão nessa fase), Meligeni hospedou-se com o seu técnico em um hotel de sexta categoria e ia de trem até o complexo, carregando suas raquetes e mochilas. Após passar o qualifying, sua estada em Nova York mudou radicalmente. Meligeni embolsou logo de cara US$ 10 mil por ter entrado na chave principal. Além disso, a organização do torneio o colocou em um hotel  5 estrelas e disponibilizou uma limusine para o seu transporte.
  • Assistir os jogos do qualifying do US Open não custa nada! As entradas de todas as quadras ficam abertas e o público pode apreciar bons jogos.
  • O estádio Arthur Ashe acomoda 23.200 pessoas - mais do que muito estádio de grandes clubes de futebol. Já a segunda principal quadra do complexo de Flushing Meadows, Louis Armstrong, possui 10.200 lugares.
Fonte: http://esporte.hsw.uol.com.br

Copa Bitcom - São Marcos - Programação


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Lições com Demoliner

Fonte: http://globoesporte.globo.com/platb/saqueevoleio/

Reportagem de Alexandre Cossenza

     Se eu não fosse brasileiro, gostaria de ser gaúcho. Ou de, pelo menos, ter vivido minha formação jornalística no Rio Grande do Sul – e aprendido a brincar com o bairrismo da região. Alguns dos melhores textos jornalísticos publicados em português hoje em dia são de gaúchos. Algumas das entrevistas mais importantes que fiz foram com gaúchos (duas delas, com Larri Passos). Mas independentemente do conteúdo jornalístico, é sempre possível ter uma conversa agradável com um conterrâneo de Humberto Gessinger.

     Foi meio assim meu papo aqui no Jockey Club Brasileiro, sede do Challenger do Rio de Janeiro, com Marcelo Demoliner, nascido em Caxias do Sul há 24 anos. Em um momento de ascensão no ranking de duplas e queda no de simples, Demo, como é chamado no circuito, viveu recentemente a indecisão pela qual passaram Bruno Soares, Marcelo Melo e André Sá. Chegou a hora de dedicar os treinos exclusivamente ao circuito de duplas?

     Nosso papo começou falando disso, mas abordou muito mais. Demoliner falou sobre as fraturas por estresse no pé que quase encerraram sua carreira, contou o método de visualização que pratica desde conversas com uma psicóloga e falou de como sua vida mudou desde que veio morar no Rio de Janeiro. Na entrevista, que em um momento não tinha nem mais cara de entrevista (o que é quase sempre bom), ainda falamos de Grêmio, Flamengo, Vasco, cozinha e faculdade. E vale prestar muita atenção na última resposta. Leiam!

     Hoje você é 80 do mundo em duplas e 364 em simples. Um ranking está começando a ficar bem distante do outro. Já chegou o momento de pelo menos começar a pensar se você vai se dedicar só para as duplas?
Pois é. Eu, agora, tenho pensado bastante nisso. Conversei bastante com duplistas nesses ATPs que joguei. Conversei com alguns singlistas também. E vejo que eu sou muito novo para jogar dupla. A carreira de dupla é mais longa. Então meu sonho ainda é jogar um Grand Slam de simples, chegar a top 100. Acredito que tenho potencial para isso. Eu, nesses dois meses jogando só dupla, melhorei muito meu nível de dupla, só que caí um pouco meu nível de simples porque eu não pratiquei simples. Agora joguei esses dois Challengers (São Paulo e Rio de Janeiro) na chave principal… Vou te dizer sinceramente: é outro esporte. Tu tá acostumado a jogar só de um lado, não tem movimentação, é bem diferente. Perdi bastante o ritmo só que agora vou treinar a jogar simples mesmo. Vou continuar mantendo meu ranking na dupla, estou tentando buscar um parceiro para o US Open e… Eu adoro jogar dupla também. Acredito muito no meu potencial. Até o Bruno (Soares), o Marcelo (Melo), e o André (Sá) dizem que eu tenho potencial então com eles falando eu já acredito bastante, como acredito bastante em mim. Mas eu sou muito novo para ficar só na dupla ainda.

Era exatamente o que o André estava falando na sala de imprensa outro dia. Que a carreira de duplas é mais longa, se quiser mudar depois, você pode fazer isso e jogar até trinta e altos…
Exatamente.

Nessas conversas com outros tenistas, o quanto isso mexe com seu ego? Porque imagino que você acabe pedindo análises sobre o seu jogo.
Sempre busco dicas dos que estão no topo, principalmente do Bruno e do Marcelo, que estão ali no topo, e do André, que é um baita duplista e já foi um grande singlista e tem uma baita bagagem. Aproveitei muito com ele esses torneios ATPs, melhorei muito meu nível. Eu falava direto com os duplistas. Ganhei do Hewitt, fiz jogo duro com Blake, Karlovic. Eu vejo que estou no nível. E jogando esses torneios eu me acostumo nesse nível para ficar e melhorar.
Você lembra do momento exato que você considerou pela primeira vez uma carreira como duplista?
Cara, eu não lembro um momento exato. Foi acontecendo. Eu comecei a jogar com o Feijão. Ganhamos um Challenger, fizemos final de outro e a gente viu que jogava bem. “Vamos ficar nessa dupla”. Daí foi indo, “pô, tô quase top 100″, entendeu? Foi assim, só que eu também estava quase no meu melhor ranking de simples, por isso não estava pensando na dupla ainda. Eu estava 230. Só que agora, este mês, eu perdi 100 pontos por causa da dupla. E foi assim, aos pouquinhos. Eu fui para a Davis, treinei bastante dupla e ali eles me deram bastante dica. Eu sempre fui um cara agressivo, de voleio, e isso é propício para a dupla. Foi assim, indo.
Seu primeiro ATP foi um Brasil Open lá atrás e você jogou de novo este ano. Mas aí você entrou em Wimbledon este ano. Como foi?
Eu nunca tinha jogado na grama. Ali foi uma bela experiência. Peguei de cara os Bryan (risos). Imagina, primeiro Grand Slam, meu Grand Slam favorito, já pegar os melhores da história da dupla… Eu estava em êxtase. Foi bem legal. Daí eu joguei simples, passei rodada do quali tive chance de passar a segunda e senti que eu jogava bem em grama. Confiei no meu taco também e levei isso para Newport.
Lá em Newport você fez semi. Teve a sensação que está no nível dos caras?
Com certeza, porque eu já ganhei, de cara, do Hewitt e do Guccione. O cara saca que nem um monstro. Depois a gente ganhou do Sijsling e do Ebden. Jogamos bem, daí na semi a gente jogou com o Mahut e o Vasselin. O Mahut estava numa semana… Com a pura confiança! (O francês foi campeão de simples e duplas em Newport) Depois a gente foi para Bogotá, mas foi uma pena porque choveu bastante em Newport, e a gente jogou a semi no domingo à noite. A gente chegou em Bogotá na terça-feira, treinou só de tarde para jogar na quarta-feira na altitude, com bola murcha, contra o Karlovic e o Moser, que são dois brutamontes sacando.
E você perdeu de dois campeões de simples em duas semanas seguidas….
Exatamente. Isso aí é do esporte. Isso aí é tênis. E depois a gente jogou com o Blake e o Sock em Atlanta. Eu joguei muito bem esse jogo. Tivemos chances, ganhamos o primeiro set. E eu senti que estou no nível.
E é um impacto grande sair de uma sequência de Grand Slam e dois ATPs e voltar para um Challenger?
Eu não me importo com isso. É um caminho, vai acontecer ainda. Estou bem tranquilo nesse aspecto. Não me importo nem um pouco. Sou profissional o suficiente para jogar até Future com a mesma seriedade.
Você está treinando onde hoje?
Na Tennis Route, aqui no Rio.
E você mora aqui há quanto tempo?
Faz quase dois anos. Foi a melhor mudança da minha vida. O Duda (Matos) e o Gringo (o argentino Walter Preidikman) me trouxeram. Estou full-time com o Duda. Eu precisava de uma mudança. Estava um pouco acomodado lá no IGT (Instituto Gaúcho de Tênis, onde Demoliner treinou por cinco anos), e foi bem legal essa mudança porque quando eu vim para cá eles me acolheram super bem. A Tennis Route é uma grande família, e eu estava precisando um pouco de um carinho assim. Foi super legal, todos me apoiando. O Fabiano (de Paula) também… A gente se uniu, estamos crescendo junto. Está super legal. O preparador físico é um dos melhores do Brasil. É o Alexander Matoso. Ninguém conhece, mas eu falo de carteirinha. Nunca mais machuquei. Nunca. Melhorei muito meu físico. Cara, foi uma mudança muito boa.
E já que você falou, eu não lembro qual foi, mas você teve uma lesão séria. 
Eu machuquei, cara. Foi o pior momento da minha carreira. Eu tava no meu melhor ranking, cheguei a 230, ganhei um Challenger em Blumenau, do Rogerinho na final, fiz semi em Campos do Jordão, ganhei do Ricardinho nas quartas e perdi do Thiago. Eu estava super bem até que tive duas fraturas por estresse no pé que me deixou fora quase um ano.
Nos dois pés?
Não. Duas seguidas no mesmo pé. Fiquei quase um ano parado. Voltei para os Futures porque meu ranking tinha caído e foi aí que tomei cinco primeiras rodadas seguidas. Quase parei de jogar ali. Depois joguei em Blumenau e, do nada, fiz final de novo. Foi meu pior momento, e Blumenau me resgatou. Ganhei de caras bons de novo e vi que tênis é muito mental.
E você teve algum trabalho com psicólogo?
Depois da lesão, tu diz?
Ou durante mesmo…
Depois da lesão, que eu tomei essas cinco primeiras rodadas de Future, eu joguei mais dois Challengers e perdi no quali. Comi um ovo estragado e pequei salmonela. Não consegui jogar esses dois torneios. Daí meu próximo torneio era Blumenau. Eu tinha um mês e meio para treinar. Tinha uma psicóloga no IGT e fiz um trabalhinho com ela de bastante visualização. Principalmente relembrando os momentos bons que tive em 2009. Esse trabalho funciona bastante. Estou fazendo agora de novo.
É aquele tipo que você faz logo antes de entrar em quadra?
Não. Esse eu faço antes de dormir, uma hora do dia. Também posso fazer antes do jogo, mas prefiro não fazer assim. Não tem uma rotina. É um treino mental. Esse trabalhinho que eu fiz lá ajudou bastante.
Como isso se reflete na hora do jogo? Você consegue explicar?
Isso te deixa… Tu sabe o que tu vai fazer. Tu fica mais convicto, com mais coragem, porque está tudo mapeado, tudo detalhado na tua mente. Tu tá treinando tua mente, então muitas vezes acontecem coisas que tu já pensou. Eu acredito muito nisso e funciona realmente. Eu recomendo.
Fala um pouquinho mais de Rio de Janeiro agora. Que hábitos de carioca você já adquiriu?
O sotaque eu não vou perder nunca (risos). Nem quero. Sotaque eu não vou perder nunca (mais risos).
Você tem namorada? Carioca gosta de sotaque gaúcho.
(risos) Não tenho (mais risos). É muito difícil ter namorada porque… Este ano foi o que eu mais viajei. Esta aqui é minha décima semana seguida de torneio. Já viajei mais de 20 semanas. É muito difícil tu namorar assim. Principalmente para elas, que querem mais carinho. É uma coisa que escolhi para mim, não me importo. Com família é a mesma coisa. Desde fevereiro que não vejo minha família. Mas eles me apoiam muito. O importante é que eu tô feliz e é assim que as coisas vêm.
E em que parte da cidade você mora?
Moro no Recreio, dentro do Hotel Atlântico Sul, onde era a Federação (Fterj) e agora é a Tennis Route. Moro na frente da praia, acaba o treino eu dou um mergulho. Tem uma academia ali perto. Agora vamos construir uma academia na Tennis Route, vai ficar super show.
Se tiver que escolher, Flamengo ou Vasco?
Olha, eu sou gremista, graças a Deus. Meu treinador é vascaíno e o Fabiano é flamenguista. Eu gosto dos dois, fico neutro. Ainda não fui no Maracanã. Vou esperar o Grêmio jogar aqui para conhecer.
Carioca gosta muito de churrascaria. Você, como gaúcho, consegue comer bem aqui?
Eu tô 90%… Tirei carne vermelha da minha dieta. Eu amo churrasco, mas eu tirei a carne vermelha numa dieta que faço e me sinto muito melhor. Adquiri muito sushi, peixe, peixe, e só quando vou para Caxias do Sul, meu vô faz um belo churrasco, meu pai faz um belo churrasco…
Você sabe fazer?
Sei. Eu faço direto na casa do meu treinador.
Faz e quase não come?
Faço para mim um frango. Carneiro eu como. Cordeiro, que é uma carne boa, que não faz tão mal quanto a carne vermelha de gado. Mas se tiver que comer não tem problema. Eu adoro cozinhar, é um hobby que eu tenho. Nos fins de semana, o treinador me chama para a casa dele, e a gente sempre inventa alguma coisa. Uma massa, um risoto… Eu que faço. A esposa dele me ajuda às vezes.
E quem te ensinou a cozinhar?
Meu avô. Quando eu treinava em Porto Alegre, todos os fins de semana que eu estava sem viajar eu pegava um ônibus e ia para Caxias. E todo domingo, meu avô inventava um prato novo. Eu adorava isso, peguei o gosto. Fui aprendendo aos pouquinhos. É um hobby.
Que outro hobby você tem? Se é que dá tempo de ter outro hobby…
Eu faço faculdade a distância na Estácio de Sá. Faço marketing. Tenho apoio da Estácio de Sá, que me ajuda bastante em despesas. A Unimed também está nos ajudando na Tennis Route. A Tennis Route também me ajuda. E também, é que nem meu pai sempre me fala: “Cultura ninguém te tira. Podem tirar teu carro, tua casa, tudo, mas aqui dentro, na cabeça, ninguém te tira”. Então não tem por que não aprender.

Bandagens Funcionais:


      A utilização de Bandagens é descrita na literatura como uma prática milenar, com relatos da utilização de aparatos que permitiam maior estabilidade de alguns segmentos corporais, principalmente em batalhas.
As primeiras “Bandagens Funcionais” foram identificadas nos punhos e panturrilhas de guerreiros gregos, especialmente no exército Espartano durante as guerras da antiguidade durante o século VI a.C.

      Sua utilização persistiu por muitos anos no meio bélico, onde foi bastante difundida junto aos arqueiros do exército inglês. O “batalhão” de arqueiros era formado por soldados de grande importância nas batalhas medievais, compondo mais da metade do exército do rei Eduardo III no século XIV. Os arqueiros enfaixavam seus punhos afim de proferir maior estabilidade e performance para o disparo das flechas.

      As “Bandagens Funcionais” devem permitir o funcionamento mecânico adequado sem que haja sobrecarga em estruturas ligamentares, capsulares e miotendíneas; com proteção e estabilidade suficientes para execução de um movimento funcional, geralmente com mobilidade seletiva.
Existem bandagens “rígidas” e “elásticas” (unidirecionais e multidirecionais), com objetivos variados que englobam: proteção dos tecidos quanto a lesões; controle da resposta inflamatória; permitir função/mobilidade sem comprometimento ao reparo tecidual; evitar/minimizar recidivas de lesões através da estabilidade local; retorno precoce às atividades; mobilidade livre de sintomatologia álgica.
São indicadas principalmente em casos como: contusões/lesões musculares; lesões ligamentares; lesões tendíneas; instabilidade articular; fraturas de baixa energia e acometimento leve/moderado; edemas; prevenção/proteção à recorrência de lesões.

      Para tanto, faz-se necessário o conhecimento aprimorado do profissional que apilacará a bandagem, uma vez que o sucesso do tratamento depende de uma séri de fatores que incluem desde o corte e tensões adequadas do material até a experiência do terapeuta.

Rafael Francis Plein

(54) 30277488 / (54) 99939613
rafaplein@gmail.com
 Proprietário da CLINIFORT - Clínica de Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica; 
Fonte: FACEBOOK