sábado, 24 de maio de 2014

Roland Garros....



Roland Garros, o templo.





      Em setembro de 1927, os "Quatro Mosqueteiros" do tênis francês tiraram a Copa Davis das mãos norte-americanas. Para defender o título no ano seguinte, os franceses teriam de construir uma quadra para abrigar a fanática torcida, que transformou René Lacoste, Henri Cochet, Jean Borotra e Jacques Brugnon em heróis nacionais.

      Apesar de realizar o seu Campeonato Internacional desde 1925, Paris não tinha um complexo à altura. O prazo era de apenas nove meses para erguer o estádio. A Prefeitura de Paris cedeu um terreno de três hectares, pelo prazo de 99 anos, na periferia da cidade.

      Surgia o complexo de Roland Garros, nome de um aviador, herói da Primeira Guerra Mundial, imposto pelas autoridades. A inauguração oficial foi em maio de 1928, num amistoso entre França e Grã-Bretanha. Pouco depois, a França manteve a coroa da Davis numa festa inesquecível, que resultaria em cinco conquistas consecutivas até 1932. O Internacional também mudou-se para lá e nunca mais saiu. Em 1968, com o surgimento da era profissional, passaria a ser chamado de Aberto da França.

      Ano após ano, o prestígio de Roland Garros cresceu, assim como o público. Já no final de década de 60, era evidente a necessidade de ampliações, mas a falta de recursos financeiros limitou as reformas feitas em 68.

      O crescimento do profissionalismo no tênis trouxe inovações constantes ao complexo. Em 79, surgiu o já famoso "Village", uma mega-estande de 2 mil metros quadrados, onde os 17 patrocinadores oficiais do torneio expõem seus produtos e recebem visitantes ilustres e clientes.

      Em 80, surgiu a quadra 1, uma arena a apenas 50 metros da quadra central, onde novos 4.500 assentos foram somados ao complexo. Quatro anos depois, a injeção de dinheiro foi maior e foram construídas nove quadras externas, que desocuparam um antigo campo de rúgbi. Surgiu também a famosa "praça dos Mosqueteiros", bem no centro do complexo, onde foram erguidas as estátuas de Borotra e Lacoste, em 89. No ano seguinte, vieram as de Cochet e Brugnon.

      A entrada de grandes e fiéis patrocinadores permitiu a construção da quadra Suzanne Lenglen, em 94, para 10.068 pessoas, o que levou o torneio a alcançar a marca recorde dos 390 mil espectadores em 99.

      Por fim, a última etapa das reformas acontece neste ano 2000, com a reinauguração da quadra central. Foram demolidos alguns terraços para dar melhor arquitetura ao edifício, que agora conta com bloco de dois andares e estúdio de TV.

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