quinta-feira, 31 de julho de 2014

A História do Tênis.

      Surpreendentemente, o desenvolvimento histórico do tênis remonta milhares de anos.



     Pesquisas e estudos históricos mostram que o esporte era jogado na cultura da Grécia antiga. A história do Jogo de Tênis foi desenvolvida a partir do século 12 Francês de um jogo de mão chamado “Paume” (palma). Nesse jogo a bola era golpeada com a mão.
Depois de algum tempo, o jogo chamado de “Paume” produziu outro jogo de mão: o “Jeu de Paume” (jogo de palma) aonde começou a ser usadas raquetes.

     O jogo foi primeiramente criado por monges europeus para as funções de entretenimento durante ocasiões cerimoniais. Primeiramente, a bola era atacada com as mãos. Mais tarde luvas de couro vieram a ser usadas. As luvas de couro então foram substituídas com adaptações para as mãos para um melhor arremesso e saque da bola. Esse foi o nascimento da raquete de Tênis.

     Bolas tênis também sofreram modificações freqüentes. A primeira bola de tênis era de madeira. Mais tarde na história da bola de Tênis era preenchida com material de celulose dando mais balanço. Monges de toda a Europa praticavam a modalidade durante o século 14 muitas vezes com um certo desgosto da Igreja. O jogo se espalhou e se desenvolveu então na Europa.

     O jogo se tornou muito popular, especialmente na França, aonde foi adotado pela família real. No ano de 1316 o Rei francês Louis X morreu depois de um jogo “Jeu de Paume” (termo usado na época nessa etapa do Tênis Nobre na Inglaterra, Austrália e Estados Unidos), mas essa morte não prejudicou a popularidade e crescimento da modalidade.

     Entre os séculos 16 e 18 o jogo de palma foi altamente praticado por reis e plebeus. Os  jogadores franceses começariam as partidas dizendo “Tenez” (Play!). O jogo de palma logo começou a ser chamado de “tênis real” ou “nobre”.


1530 – Rei Inglês Henry VIII constrói uma quadra de tênis no “Hampton Court Palace” (essa quadra não existe mais mas uma similar foi construída no mesmo lugar em 1625 e esta em uso até hoje).

1583 – Primeira raquete na história do Tênis – A primeira raquete foi inventada na Itália.

1870 – Wimbledon – Em Wimbledon, distrito de Londres, foi criado o “All England Croquet Club”. O tênis ainda era jogado em quadras cobertas pela nobreza  e ricos empresários.


1873 – Regras do Tênis – Walter Wingfield inventou a versão do tênis real que pode ser jogado em locais abertos e no gramado. O jogo chamado “Sphairistike” (“Jogando bola” em grego) e foi primeiramente introduzido por Wales (Inglês), jogado em quadras com vitrais e em gramados por classes ricas.

     É ainda como se acontece hoje ao redor do mundo, o Tênis é praticado a partir de classes mais altas.
Walter Wingfield começa a promover caixas do “Sphairistike” que vem com dois pequenos  suportes para rede, uma rede, raquetes e bolas de borracha da Índia. Além de instruções sobre como jogar o jogo e como se comportar na quadra.
As caixas de Wingfield dão um inicio a moderna forma do Tênis, mas a única coisa que não funciona é o nome, e Wingfield logo percebe que seu subtítulo “tênis” é muito melhor do que a palavra grega “Sphairistike”.


1874 – Primeiro Torneio de Tênis nos Estados Unidos – Joseph and Clarence Clark (irmãos), adquirem uma das “caixas” de Wingfield para serem usadas na América, liderando o primeiro torneio de Tênis nos Estados Unidos mais tarde naquele ano.


1875 – Clubes Ingleses de “Croquet” – Henry Cavendish Jones convenceu grande parte dos participantes de Croquet na Inglaterra de substituir as quadras de Croquet por quadras de Tênis. O “Marylebone Cricket Club” seguiu também as trocas. “Marylebone Cricket Club” fez mudanças significativas para o jogo. Eles adicionaram o “Deuce”, “Advantage”, e duas chances por serviço. O formato das quadras também mudou para forma retangular, idênticas as medidas usadas hoje em dia.


1877 – Primeiro Campeonato Mundial – Realizado em Wimbledon – Worple Road – Londres. Patrocinadores eram os Clubes de Croquet. Somente 22 jogadores participaram do evento. O primeiro ganhador da historia foi Spencer Gore.


1880 – O smash foi criado no Tênis pela primeira vez pelos irmãos Renshaw em Winbledon. Eles dominariam Wimbledon por uma década, vencendo todos os campeonatos. smash é o golpe dado por sobre a cabeça, quando a bola vem alta do adversário.


1881 – Primeiro US OPEN – Fundado nos Estados Unidos a Associação Nacional de Tênis em gramados, aonde no mesmo ano é realizado o primeiro campeonato nacional de Tênis. Os competidores tinham que ser residentes americanos para poderem participar. O evento foi Realizado em “Rhode Islando” – Newport. O primeiro ganhador do campeonato Americano foi Dick Sears.


1884 – Primeiro Campeonato de Homem e Mulheres e também em duplas. Wimbledon é aberto a partidas femininas pela primeira vez na historia, são apenas 13 jogadores,  foram também introduzidas as partidas de duplas masculinas.


1887 – Nos Estados Unidos é aberto o campeonato feminino pela primeira vez. Lottie Dod é a primeira campeão do US OPEN.


1888 – LTA criada. A LTA (Associação de Tênis de grama) para manter as regras e princípios do Tênis.

1891 – Primeiro Campeonato Francês realizado. Aberto somente a residentes franceses.

1896 – Tênis se torna mais uma modalidade esportista incluída na Primeira Olimpíada Moderna.

1897 – Tênis Feminino incluso no campeonato Francês.

1990 – Copa Davis – Dwight F.Davis, estudante de Harvard, decide criar um time da universidade e cria uma competição entre Estados Unidos e Inglaterra. O campeonato primeiramente chamado de “”International Lawn Tennis Challenge Trophy” foi o nascimento para a Copa Davis mais tarde.


1905 – Austrália Open criado, os primeiros eventos disputados nos centros de Tênis da Austrália e Nova Zelândia, com alternâncias.

1912 – É formada a “ILTF” , Federação Internacional de Tênis em grama com a responsabilidade de cuidar dos 4 principais campeonatos ” Wimbledon, US OPEN, Australasian Open e Campeonato Francês.

1919 – Suzanne Lenglen ganha o primeiro titulo em Wimbledon. Ela foi a grande e primeira sensação do tênis, ganhando uma serie de 12 títulos entre os principais torneios, transformando então esses campeonatos no Grand Slam.


1922 – Australasian Open aberto a mulheres.

1927 – Criado o torneio Roland Garros, com a construção de novas quadras em Paris.

1930 – Raquetes de Tênis melhoradas, feitas agora a partir de madeira laminada.


1933 – Jack Crawford, Australiano, é o primeiro a conquistar os quatro Grand Slam na história.

1938 – O americano Don Budge é o primeiro jogador da história do Tênis a conquistar os quatro principais Títulos em um mesmo ano.


1953 – MAUREEN CONNELLY é a primeira mulher a ganhar oficialmente os quatro Grand Slam.


1959 a 1966 – Maria Esther Andion Bueno, brasileira, fica no ranking feminino como número um, durante sete anos consecutivos, fazendo história no tênis. Famosa pela elegância do estilo de jogo e pela potência do serviço, é considerada uma das maiores tenistas de todos os tempos.


1967 – Primeira raquete de metal criada pela Wilson. Wimbledon abere o campeonato a amadores e profissionais, deixando claro que o Tênis esta “mais aberto” a todos.


1968 – Chegada da Era aberta ao tênis.


1969 – O Australiano Rodney George é o primeiro tenista a conquistar os quatro principais Grand Slam no mesmo ano na nova era do tênis aberto.

1970 – Tie Break introduzido para o Grand Slam. O Tie Break seria desempate do jogo.

1972 – ATP Criada, dirigida por Jack Kramer.

1974 – Jimmy Connors, jogador americano, é considerado um dos maiores jogadores da década de 70. Tem a lendária marca de ter 109 títulos conquistados, é considerado o maior vencedor de títulos individuais da historia do tênis.


1976 – Primeira raquete de Fibra de Vidro criada por Howard Head.
 

1977 – USOPEN se muda para Flushin Meadows. O último USOPEN em Forest Hills começa com Renée Richards, um transexual que jogou ambas modalidades do mesmo campeonato, participando das classes masculina e feminina.

1980 – John McEnroe, famoso por seu temperamento forte, de xingar juízes e quase sempre reclamar de certos lances chega ao número um do ranking mundial do tênis. Em 1990 John McEnroe foi expulso da quadra e teve que voltar para casa nas oitavas de final do Austrália Open.
 
1983 – Tcheco, naturalizado norte-americano, Ivan Lendl, considerado por alguns como um dos melhores tenistas de todos os tempos,  se torno número um em 1983, como única frustração profissional não conseguiu ganhar o Grand Slam de Wimbledon.
1984 – Introduzida a quadra de Saibro Coberta. Tênis de volta aos jogos Olímpicos.

1985 – Boris Becker, jogador alemão e mais novo, venceu Wimbledon com apenas 17 anos de idade.

1987 a 1988 – Steffi Graf, jogadora da Alemanha, se torna a única mulher a vencer os quatro torneios do Grand Slam na mesma temporada (1988), No mesmo ano completou um Golden Slam — nome dado para quem vence o Grand Slam e o torneio de tênis dos Jogos Olímpicos no mesmo ano.

1988 – Australian Open se muda para um novo centro de quadras em Flinders Park, mais tarde renomeado de Melbourne Park, caracterizadas por ter a primeira quadra de tênis com teto retrátil do mundo.

1990 – Martina Navratilova, bate o recorde no tênis feminino sendo 9 vezes campeã de Wimbledon.

1994 – Quadra de Tênis de grama em ambiente fechado é criada pela primeira vez, com teto retrátil , em Halle – Alemanha. Martina Navratilova se retira do Tênis, tendo ganho 167 torneios, um recorde de 1438 partidas vencidas.

2000 e 2001 – Gustavo Kuerten, o primeiro brasileiro a fazer história no ranking mundial de jogadores. Termina o ano de 2000 como número um e 2001 como número dois.


2002 – VENUS & SERENA WILIAMS são as primeiras irmãs dentro do tênis a se tornarem número 1 e número 2 no ranking mundial da ATP.

2003 – Pete Sampras se retira das quadras ganhando ao total 64 titulo e tendo um  recorde de 14 titulos de Grand Slam adquiridos. dois Australian Open, cinco US OPEN e 7 Wimbledon.

2004 – Roger Federer faz história no tênis se tornando o primeiro jogador da história  a  ganhar três dos quatro Grand Slam no mesmo ano. Ele também adquire os onze melhores ATP títulos , incluindo a Masters Cup. Roger Federer também tem o recorde de vencer 13 vezes consecutivas finais.

2006 – Andre Agassi se retira das quadras.

2007 – Rafael Nadal bate o recorde de 81 vitórias diretas em quadra de saibro. Roger Federer se torna o primeiro jogador de tênis a vencer quatro vezes o US OPEN, o primeiro homem na história do tênis desde Bill Tilden, em 1920 a vencer quatro títulos Aberto dos EUA consecutivos, batendo o sérvio Novak Djokovic na final.

2009 – Roger Federer se torna o maior jogador de tênis de toda a história com a sua vitória no “French Open” . Federer se junta a Fred Perry, Don Budge, Rod Laver, Roy Emerson e Andre Agassi como vencedor de todos os quatro títulos de Grand Slam, e equivale a 14 títulos de Grand Slam reivindicado por Pete Sampras – que nunca conseguiu vencer no saibro de Roland Garros. Em 20 de Abril, Marat Safin e Dinara Safina se tornou o primeiro irmão e irmã a atingir número um do mundo na história do tênis. Marat foi chega  ao topo do ranking, em 20 de Novembro de 2000. Roger Federer segura o 1 º lugar na final do Seson com uma vitória sobre Andy Murray em três sets na ATP Finals em Londres.


2010 – Roger Federer e Rafael Nadal se tornam dois grandes nomes na história do tênis. Com recordes quase insuperáveis ambos possuem estilos de jogo totalmente diferentes e ao mesmo tempo uma qualidade que fascina os fãs e seguidores do esporte.
Rafael Nadal é o tenista com maior número de vitórias seguidas sobre saibro na história do tênis. Rafael Nadal faz parte do seleto grupo de tenistas que venceram todos os principais torneios da ATP e é o segundo tenista em todos os tempos a completar o Golden Slam. Rafael Nadal é o número um no ranking mundial. Nadal , assim como Roger Federer é considerado uma ótima pessoa fora das quadras, esbanjando simpatia e carisma.
Roger Federer, Suíço, número dois no ranking mundial, considerado por críticos, analistas esportivos, ex-tenistas, como o melhor jogador de tênis de toda a historia do tênis. Em 2004 alcançou a posição de número um do ranking mundial e tem o recorde na historia do tênis de permanecer nessa marca por 237 semanas consecutivos, entre muitos outros recordes já adquiridos. Federer é conhecido não só por sua eficiência em quadra, mas também por ser considerado um bom homem, simpático, conquistando a simpatia até mesmo de seus adversários.

Fonte: http://quadratenis.com.br

O estilo e a origem.


     Viviam-se os loucos anos da década de 1920 quando o capitão da equipa francesa de ténis, Allan H. Muhr, apostou com René Lacoste uma mala de pele de crocodilo se este conseguisse que a equipa francesa, conhecida pelos mosqueteiros, fizesse um bom jogo na Taça Davis. Et voilá!

     A aposta, testemunhada por um jornalista do Boston Evening Transcript, George Carens, foi descrita neste vespertino, onde surgiu, pela primeira vez, a referência ao crocodilo. O público adotou, mais tarde, esta alcunha para descrever o estilo e a tenacidade do empreendedor. O seu amigo Robert George, ilustrador, foi o responsável pelo desenho do animal que René Lacoste passou a ter bordado em todos os blazers que usava nos campos de ténis.

     Na realidade, René Lacoste perdeu o jogo que esteve na origem da aposta e só viria a conquistar a sua primeira vitória em 1927. Mas, além da sua tenacidade, o seu estilo era referência até na imprensa desportiva, que elogiava a sua classe e elegância. O polo Lacoste representava tudo isso, sobretudo tenacidade, elegância e descontração. E foi o início de uma ligação entre moda e ténis que continua até hoje, passando a ser, inclusive, uma das tendências incontornáveis nesta estação.

     Foi também nos anos da década de 1920 que a irreverência começou a invadir os jogos femininos com as jogadoras de ténis a trazerem a influência das roupas usadas em cocktails para os campos de ténis, a subirem a bainha das saias dos tornozelos para os joelhos e a deixarem descair as cinturas, como era típico da altura. Se, nos anos 30, as silhuetas ganharam contornos mais femininos e as bainhas continuaram a subir, na década seguinte, foi uma atriz a causar frufru nos courts de ténis.

     Katherine Hepburn atreveu-se a rejeitar a tradicional saia e optou por uns elegantes calções de cintura subida. Não sabemos se ganhou muitos jogos, mas conquistou certamente a simpatia e a admiração de muita gente. Saias plissadas e mais rodadas, polos de alças e mangas cavas foram conquistando aos poucos os corpos femininos de quem se movia pelos campos de ténis, ainda que o branco teimasse em ser a cor central deste jogo.


 Confiram algumas fotos sobre a evolução das roupas femininas:

 Maria Sharapova (London 2012) – Hélène Prevost (Paris 1900)



Passo-a-Passo:









 

Atividade física x exercício físico

** Descer escada para ir ao trabalho, levar o cachorro passear, ir até o mercado na esquina, regularmente, NÃO É EXERCÍCIO FÍSICO, HEIN !!!!! Boa leitura....


    
     
















     A atividade física é entendida como todo movimento produzido pelos músculos esqueléticos com gasto energético acima dos níveis de repouso. Ou seja, todo movimento que realizamos no dia a dia, como: nadar, lavar o carro, passear com o cachorro, varrer a calçada, brincar, entre outros.
   
    Já os exercícios físicos são considerados como uma sequência sistematizada de movimentos de diferentes segmentos corporais, executados de forma planejada e com um determinado objetivo a ser atingido. Por exemplo: um passeio ao ar livre é considerado uma atividade física, enquanto uma caminhada orientada é um exercício físico, já que possui um determinado planejamento, como a intensidade, a duração e o objetivo, que pode ser a queima de gordura. Ambos trazem diversos benefícios para a saúde, como o controle do peso corporal, perda de gordura, diminuição da pressão arterial, redução do estresse, além de prevenir doenças como as cardiovasculares e o diabetes desde que seja realizado regularmente.

       Uma pessoa para ser considerada ativa e alcançar esses benefícios precisam de no mínimo 150 minutos de atividade física por semana, seja de forma contínua ou intercalada. O mais indicado é que seja realizado 30 minutos, 5 vezes por semana, ou 3 dias na semana com sessões de 50 minutos. Procure atingir intensidades moderadas para alcançar melhores benefícios.

       Contudo, esse tempo semanal é insuficiente para provocar mudanças na aptidão física e na composição corporal, sendo necessário progredir para 200 a 300 minutos. Para esses objetivos são aconselhados programas de exercícios físicos formais (elaborados por profissionais), com incremento das atividades físicas.

      Um programa regular de exercícios físicos deve possuir pelo menos três componentes: aeróbico (caminhadas, corrida, ginástica), resistido (musculação) e flexibilidade (alongamentos), variando a ênfase em cada um de acordo com a condição clínica e os objetivos de cada indivíduo.

      É essencial procurar atividades que lhe dê prazer para evitar começar a atividade e parar após algum tempo, pois uma semana sem exercícios já é o suficiente para provocar mudanças negativas na composição corporal e na aptidão física.

   
Referência:
 Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.




A prática de atividade:
  • Melhora a autoestima e o desempenho sexual.
  • Diminui os riscos de depressão. 
  • Reduz o risco de infarto e doenças cardíacas.
  • Previne o surgimento de diabetes e AVC.
  • Fortalece as articulações, a musculatura e os ossos.

Mitos e verdades sobre atividades físicas
Mitos
Verdades
- Exercícios abdominais emagrecem.

Não é verdade. Sua função é tonificar e definir a musculatura do abdômen. A musculatura definida e ativa tende a gastar mais energia do corpo em repouso. Assim, a gordura corporal é reduzida gradativamente.
- Alongamentos são necessários antes dos exercícios.

Certíssimo. Eles preparam os músculos para contração e extensão de várias intensidades e as articulações para movimento de diversas amplitudes.
- Suar bastante faz bem para a saúde.

Errado. A desidratação provoca perda de rendimento físico. Antes de uma atividade física prolongada, é recomendável fazer uma hidratação extra de 400 a 600ml, 20 minutos antes.

- É melhor utilizar roupas leves durante as atividades físicas – sim. Elas não inibem os movimentos. Ao fazer atividade física o corpo libera calor (calorias). Por isso é importante que as roupas facilitem a troca com o meio externo.
- Comer carne à vontade auxilia na reposição da energia.

Não é bem assim. A proteína da carne é necessária na alimentação, mas carne em excesso pode sobrecarregar rins e fígado.
- Exercitar-se todos os dias é melhor para a saúde.

Verdade. Exercícios feitos esporadicamente não condicionam fisicamente. Você pode fracionar o tempo disponível, de forma que pratique algo todos os dias. Por exemplo, se não pode fazer uma atividade por 30 minutos, divida este em 3 de 10 minutos.
- Não se deve tomar líquidos durante o exercício.

O corpo precisa, sim, de água para regular a temperatura interna e repor as perdas pelo suor.
- É preciso fazer alongamento depois dos exercícios também.

Certo. É preciso relaxar a musculatura contraída.


Referência:
  http://vidasaudavel.sesi.org.br

terça-feira, 29 de julho de 2014

CTSG - Etapa RJ - Caxias do Sul - Programacao

PRESTIGIE !!!!

Clique na imagem abaixo e consulte a programação e as chaves d a quinta etapa do Circuito de Tênis da Serra Gaucha, do Recreio da Juventude.

https://docs.google.com/spreadsheet/pub?key=0Ag0IdRm2NazkdFF1LWJlNUJ1NFZhNHRHZjhBQXh2OEE&output=html

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Como funcionam os rankings ATP e WTA?

Fonte: http://sportbucks.wordpress.com

     O tênis profissional é chancelado pela ATP (Association of Tennis Professionals – homens) e pela WTA (Women’s Tennis Association – mulheres) e, com exceção dos Grand Slams, todos os maiores torneios são de responsabilidade de ambas.

     Na tarefa de listar os melhores do mundo, as duas entidades apresentam uma metodologia bastante parecida. Entenda agora os critérios dessas organizações, os principais torneios em distribuição de pontos e as obrigações dos principais jogadores do mundo para com o circuito.

Circuito Masculino – ATP

ATP
     
     A distribuição de pontos nos torneios masculinos são feitos pela ATP – Associação de Tenistas Profissionais, em português. Com exceção dos Grand Slams (que funcionam por conta própria), a ATP organiza todos os maiores torneios, mas mesmo no caso dos Grand Slams, quem define a pontuação nos rankings não deixa de ser a ATP. Já os menores torneios são feitos pela ITF – Federação Internacional do Tênis -, mas também contam para o ranking de entradas da associação, funcionando para os tenistas menos conhecidos subirem em pontuação até serem capazes de participar do ATP World Tour propriamente dito.

     Os torneios são incluídos em diferentes níveis, que vão dos Grand Slams aos menores Futures – esses organizados pela ITF. Cada fase ganha sua pontuação dentro do torneio, que o tenista conquista quando perder naquela fase ou sendo campeão. Os torneios são disputados por 52 semanas, sendo que 18 resultados do jogador no ano – 19, caso se classifique para o ATP World Tour Finals ou ATP Challenger Tour Finals, explicados abaixo –  são somados para definir a classificação.

     Esses pontos são válidos até a mesma semana da próxima temporada. Por exemplo: se Rafael Nadal venceu Roland Garros 2013, conseguindo 2000 pontos, ao final de Roland Garros 2014 ele terá 2000 pontos descontados da sua pontuação. A única forma de manter esses pontos é vencendo o torneio novamente no outro ano, a chamada defesa de pontos. Caso seja apenas o finalista, serão descontados 800 pontos da sua pontuação, já que 2000 são descontados enquanto 1200 são os pontos ganhos pela final do torneio.

     Contudo, as regras de torneios que somam para os melhores 18 resultados são bem específicas, especialmente se o jogador fizer parte dos 30 primeiros do ranking. Vários torneios do circuito são obrigatórios para o jogador e, caso ele não jogue, a pontuação do torneio que ele não participar fica em zero e conta como um dos 18 resultados. Os torneios que entram para a pontuação do jogador são os seguintes:
  • Os quatro Grand Slams entram obrigatoriamente entre os 18 resultados;
  • Oito torneios Masters 1000 são obrigatórios e contam entre 18 resultados;
  • Os seis melhores resultados contados entre todos os torneios que valem pontos no ranking ATP (ATP 500, ATP 250, ATP Challenger Tour, Future Series e Jogos Olímpicos);
  • Se o jogador estiver entre os 30 melhores do mundo no início da temporada, ele é obrigado a participar de no mínimo 4 ATP 500, sendo que pelo menos um desses seja disputado após o US Open.
  • Para os jogadores de nível mais baixo, a cada torneio obrigatório que ele não teve chance de entrar devido ao baixo ranking e não passou pela chave principal, é adicionado um sétimo melhor resultado à sua pontuação. Se ele passar para a chave principal de um dos 12 torneios obrigatórios, vindo do qualifying*, como lucky loser** ou como convidado da organização, não é adicionado o sétimo melhor resultado, e a pontuação que ele obtiver nesse torneio será computada normalmente.
* Torneios de qualquer nível, independente do tamanho da chave (exceção do ATP World Tour Finals e ATP Challenger Tour Finals) têm torneios qualificatórios para jogadores que não têm pontuação suficiente para entrar na chave principal. Em um Grand Slam por exemplo (128 jogadores no total), os melhores 108 do ranking entram diretamente na chave principal enquanto o resto passa pelo torneio de qualificação. Esses jogos acontecem na semana que antecede o principal, com o objetivo de qualificar jogadores sem pontuação mas com potencial jogarem o torneio principal. Geralmente são compostos de três jogos, quem vencer os três está classificado para o campeonato principal.
** Lucky Loser é um jogador que perdeu na última rodada do qualifying e se classificou para a chave principal por motivos de desistência de qualquer participante do campeonato. O Lucky Loser é o “melhor perdedor” da fase de qualificação, sendo escolhido o melhor no ranking entre os perdedores da última rodada. É rara a ocorrência de mais de um por torneio, mas a ordem do ranking continua sendo fator para colocar outros jogadores na fase principal. Isso só pode acontecer antes de todos os jogadores participarem da primeira rodada.
Pontuação por Torneios
atp


* O nível do torneio não garante o mesmo número de jogadores. A pontuação entre parenteses aparece nessas situações. No caso dos Masters 1000, a chave deve ser maior que 56. Nos ATP 500 e ATP 250 o número normal só é substituído com chave maior que 32 jogadores.
** O “H” em alguns Challengers e Futures representam se o torneio tem alojamentos para os jogadores, ou seja, hospitalidade. Como visto na tabela, torneios que garantem hospitalidade distribuem mais pontos para o ranking de entradas.
*** A letra “X” demonstra que o torneio não tem a determinada rodada. Poucos torneios têm uma primeira fase com 128 jogadores, por isso o X está presente com recorrência na coluna.
ATP World Tour Finals e ATP Challenger Tour Finals
     O ATP World Tour Finals é um torneio de final de ano com os oito primeiros colocados em um ranking secundário da ATP, que leva em consideração as últimas 52 semanas do jogador. Como esse ranking que qualifica pro torneio só sai no inicio do que seria a  53ª semana do circuito, esse ranking acaba sendo anual, sem o sistema de defesa de pontos.
     O ATP Challenger Tour Finals segue uma forma parecida com o os Finals da categoria principal, com a diferença que os sete que mais pontuaram em torneios Challenger no ano participam. Para fechar o grupo, um jogador é chamado pela organização.
A fórmula do torneio é igual. Os principais jogadores do ano se dividem em dois grupos de quatro jogadores, se enfrentando entre os grupos. Dois jogadores de cada lado se classificam para semifinal, agora sim indo pro clássico sistema de eliminação. Por sua fórmula diferente, os torneios seguem essa pontuação:
ATP World Tour Finals - 200 pontos são garantidos por vitória na fase de grupo (três jogos) + 400 pontos pela vitória na semifinal + 500 pelo título. Dessa forma, o máximo de pontos que o campeão leva no torneio são 1500, mínimo de 1100. O finalista tem máximo de 1000, mínimo de 600, enquanto os semifinalistas tem máximo de 600 e mínimo de 200 pontos.
ATP Challenger Tour Finals - 15 pontos por cada vitória na fase de grupos + 30 por vitória na semifinal + 50 pela final. Assim, o máximo de pontos que o campeão leva é 125 pontos, mínimo de 95, enquanto o finalista tem máximo de 75 e mínimo de 45 pontos. Os semifinalistas podem chegar a 45 pontos, mínimo de 15.

Circuito Feminino – WTA

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     A WTA é a associação que regula o tênis profissional feminino, em conjunto com a ITF. Os maiores torneios, também com exceção dos Grand Slams como no masculino, são regulados pela WTA, que é responsável por classificar as tenistas em uma tabela. As semelhanças com a ATP são grandes, incluindo as 52 semanas de eventos e o sistema de defesa de pontos, sendo o último totalmente igual, em busca da regularidade anual dos profissionais.
Mas as diferenças começam já no sistema geral. As 52 semanas de torneios são mantidas, mas apenas 16 resultados são levados em consideração. Outra diferença no sistema é que os resultados dos Grand Slams e dos Premier Mandatory entram no ranking da tenista independente se ela participou ou não. Nesse caso, entra como um dos 16 resultados o zero. Contudo, a lista de obrigações é menor:
  • Quatro dos 16 resultados serão obrigatoriamente dos Grand Slams;
  • Quatro dos 16 resultados serão obrigatoriamente dos Premier Mandatory;
  • Para tenistas top 20, dois dos 16 resultados serão de Premier Five;
  • O resto dos torneios para fechar 16 podem ser selecionados entre todos os que valem pontos – Premier Five, Premier, WTA International, WTA 125K Series e torneios ITF.
  • Para aparecer nos rankings WTA é necessário ganhar pontos em no mínimo três torneios ou 10 pontos no ranking de entradas.
  • Para as oito melhores tenistas do mundo o WTA Championship, torneio de final de temporada, é obrigatório e conta como resultado em um dos 16 torneios.
Pontuação por Torneios
Clique para aumentar
* O nível do torneio não garante o tamanho igual das chaves. Em alguns casos, apenas o número de jogadoras no qualifying é modificada, como em alguns Premier Five e WTA Internationals. Dois dos quatro Premiers Mandatory e alguns Premier aumentam o número da chave principal.
** A letra “H” representa se o torneio tem ou não locais para os atletas. Campeonatos com hospitalidade levam benefícios na premiação e prestígio, além da modificação nos pontos.
*** A letra “X” mostra que nesses torneios não há a rodada marcada. Alguns torneios não tem terceira fase do qualifying enquanto poucos tem 1ª rodada com 128 tenistas.
WTA Tour Championship e WTA Tournament of Champions
Com formatos semelhantes ao da ATP, o Finals da WTA também reune os 8 melhores do ano em um único torneio. O projeto do Tournament of Champions têm sido mais ambicioso do que o mais próximo Challenger Tour Finals, da ATP. O torneio WTA reune os seis melhores jogadores do ano que ganharam pelo menos um torneio WTA e não estão entre os oito melhores do mundo, ou seja, não participam do Finals. Para fechar oito, dois jogadores são convidados pela organização.
Os formatos são iguais: dois grupos com quatro tenistas, dois se classificam para semifinais e finais. A pontuação dos torneios ficam assim:
WTA Tour Championship: 70 pontos por jogo na fase de grupos + 160 por vitória na fase de grupos + 360 pontos pela vitória na semifinal + 810 pontos por vitória na final. O máximo de pontos ganhos por uma tenista campeã é 1500.
WTA Tournament of Champions: 25 pontos por jogo na fase de grupos + 60 pontos por vitória na fase de grupos + 75 pontos por vitória na semifinal + 195 pontos pelo título. O máximo de pontos que um campeão leva é 375.

Conheça as lesões mais frequentes no tênis.

Fonte: #TenisBrasil



     O tênis é um esporte que requer concentração, coordenação, agilidade e habilidade específica, além de uma relação direta entre a performance e o condicionamento físico e potência. É considerado um dos mais técnicos e difíceis de ser aprendido e praticado.

     Após as seguidas vitórias de Gustavo Kuerten, no final da década de 90 e início deste século, o Brasil viveu o seu grande momento no esporte. Era frequente o nome do "Manezinho" estar presente nas rodas de conversas esportivas e cada vez mais o esporte ganhou espaço nos noticiários. Os três títulos de Roland Garros fizeram multiplicar exponencialmente o número de quadras e de praticantes do esporte no país. O "País do Futebol" era também o "País do Tênis".

     Com o aumento do número de praticantes, cresceu também o número de lesões. A grande maioria nos membros inferiores (podendo chegar a 67% das lesões), seguido pelos membros superiores (até 49%) e pelo tronco (até 21%). As lesões musculares são as mais frequentes durante os torneios e a entorse do tornozelo é o diagnóstico traumático mais comum. A epicondilite lateral é a mazela mais frequente nos membros superiores. Acima de 40% dos tenistas profissionais desistem de um torneio por ano devido a dor lombar.

1) Lesões por sobrecarga: Representam cerca de 2/3 do total de lesões, são mais comuns em iniciantes, especialmente pela prática e execução incorreta dos movimentos. Essas lesões podem resultar em queda do rendimento ou até afastamento da quadra e dos treinos por longos períodos.
As lesões podem ser divididas em dois grupos: 1) Lesões por sobrecarga e treinamento excessivo (overtraining); e 2) Lesões traumáticas, que geralmente ocorrem durante os jogos ou treinos como as lesões musculares e as entorses de tornozelo. É importante que todos os envolvidos no treinamento como técnicos, professores, preparadores físicos, pais e os próprios atletas tenham conhecimento das lesões mais frequentes e suas implicações para que seja possível um tratamento com qualidade.

- Ombro - A dor no ombro está presente em cerca de 4 a 17% dos praticantes do esporte. Com o aumento da exigência física e da velocidade do jogo, o saque se tornou um dos fundamentos mais importantes do tênis. Desta forma, a articulação do ombro vem sofrendo com micro-traumatismos constantes e uma consequente elevação no número de lesões. Dentre estas, as mais comumente observadas no dia a dia do esporte são: lesões labrais superiores anterior e posterior (SLAP lesion), lesão labral ântero-inferior, tendinopatias e lesões do manguito rotador e ainda as discinesias da escápula.
As lesões labrais superiores, também chamadas de SLAP lesion, são caracterizadas pela desinserção da porção superior do labrum da glenóide, que é o mesmo ponto de inserção do tendão da porção longa do bíceps braquial. Boa parte dessas lesões podem ser prevenidas com exercícios educativos de fortalecimento e treinamento funcional escápulo-torácico e gleno-umeral e após avaliação especializada de um cirurgião de ombro, inicialmente são de tratamento conservador. Nos casos refratários, devem ser corrigidos por cirurgia.

- Cotovelo - Lesão mais característica, mais frequente nos membros superiores e conhecida do tênis, as epicondilites laterais, também chamadas de "Tennis Elbow" (Cotovelo do tenista), onde ocorre uma inflamação e progressiva degeneração dos músculos extensores do punho, que se originam no epicôndilo lateral. Causada por uso excessivo dos músculos extensores e pronadores do punho. O movimento tradicional de backhand (especialmente com uma só mão) quando executado de forma incorreta ou com desaceleração brusca do movimento causam dor progressiva, na face externa do cotovelo e no antebraço, podendo irradiar até o punho. Acredita-se que o uso de anti-vibradores possa reduzir a incidência. É mais frequente em esportistas iniciantes. O tratamento inicial é conservador (sem cirurgia), com antiinflamatórios e fisioterapia especializada, que pode durar até 12 semanas. Por vezes, a infiltração local de corticóide ou o uso de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) são opções. Nos casos refratários, o tratamento é cirúrgico. É sempre bom lembrar que cada caso é um caso e deve ser avaliado individualmente.

- Punho - Local comum de lesões neste esporte, variam das tendentes e tenossinovites até a temida Necrose Avascular do Semilunar (Doença de Kienbock). Não se sabe ao certo as causas da patologia, mas é mais frequente em homens, de forma unilateral e com Ulna Minus (onde o osso Ulna é menor que o Rádio, prejudicando a biomecânica do punho). Acredita-se que é uma espécie de fratura por estresse, que evoluiu para a necrose. Os atletas citam dor no punho e no antebraço. O diagnóstico é confirmado através de exames de imagem (R-X, Tomografia, Cintilografia e Ressonância Magnética) e é classificada através dos estágios de Lichtman. Geralmente são de tratamento cirúrgico e quando acomete o punho dominante, o prognóstico quanto a prática esportiva é sombrio. Outras medidas são apenas paliativas.

- Quadril - a velocidade do jogo aumentou muito. Correspondem de 1% a 27% de todas as lesões em tenistas. As raquetes ficaram melhores, os jogadores ficaram mais rápidos e mais fortes e isso fica comprovado pela velocidade dos saques. Com isso, o movimento de pernas foi substituído pela rotação do quadril. Até essa alteração ser descoberta e entendida, muitos atletas se lesionaram e carreiras promissoras ficaram pelo caminho. Foi o caso de Guga, Magnus Norman, Gastón Gaudio e Fernando Gonzalez, entre outros, que sofreram com o diagnóstico de Impacto-Fêmoro Acetabular e Lesão do Labrum Acetabular. Esse problema acontece por uma incongruência na articulação, especialmente nos movimentos extremos da amplitude. Com isso, grosseiramente falando, é como se existisse mais osso na bacia e no fêmur do que deveria ter. Passa a ocorrer o impacto e com ele, a lesão progressiva e irreversível. Os pacientes geralmente mencionam dor na região inguinal (raiz da coxa), com irradiação para a coxa e que piora durante e após as atividades físicas, e progressiva limitação e redução da mobilidade do quadril. O tratamento inicial é através de fisioterapia e orientação das atividades esportivas, com reforço muscular. Nos casos em que este tipo de tratamento não funciona, o reparo da lesão por Artroscopia Cirúrgica do Quadril estaria indicada.

- Joelho - Articulação mais complexa do corpo, devido ao número de estruturas nobres como os ligamentos e os meniscos, estes estão sujeitos a lesão nos casos de torção, que no tênis ocorrem principalmente nos casos de "contra-pé" e na aterrissagem de saltos, como no "smash". Mas estas não são as mais comuns e sim as relacionadas com a sobrecarga e o super-treinamento, especialmente na Articulação Patelo-Femoral e no Tendão Patelar. Tem aumentado muito a participação feminina neste esporte e, com isso, os casos de sobrecarga patelo-femoral, que se caracteriza pela dor na região anterior do joelho, por alterações biomecânicas. O tratamento consiste em fortalecer a musculatura da coxa, especialmente o quadríceps, e melhorar a flexibilidade da cadeia posterior (isquiotibiais e panturrilha).
Outra mazela frequente, também causada por sobrecarga, é a tendente patelar, também chamada de Jumper's Knee ou Joelho do Saltador. Está relacionada com atividades de salto e, no caso do tênis, com aceleração e desaceleração repetidas. Tem relação com encurtamento dos isquiotibiais. O tratamento cirúrgico é de exceção. Realizar análise biomecânia e biocinética pode elucidar onde está a fonte do problema.


2) Lesões Traumáticas:

- Lesões Musculares - como todo esporte que envolve aceleração e troca rápida de direção, no tênis as lesões musculares representam um problema aos atletas, especialmente durante os torneios, e respondem por grande parte dos abandonos dos atletas nas competições. À medida que progridem na chave, com o cansaço pelo acúmulo de jogos, elas começam a aparecer. Neste grupo, as lesões na panturrilha são muito frequentes. Lesão limitante, o atleta é incapaz de praticar o esporte por dor e limitação para corridas. O diagnóstico e a graduação da lesão são feitos por ressonância magnética. O tratamento depende do grau e o tempo de afastamento nos casos leves (Grau 1) é de cerca de 10 a 14 dias e nos moderados (Grau 2) de até 6 semanas.

- Entorse do tornozelo - É a mais frequente lesão específica deste esporte, representando boa parte dos abandonos dos atletas durante as competições. Por mais que exista, hoje em dia, programas rígidos de prevenção, propriocepção e estabilização do tornozelo, a lesão é especialmente frequente quando a atividade é praticada em quadras rápidas, de cimento ou piso de lisonda. Diferente do saibro, que permite que o atleta deslize até o momento de atacar a bola, se este movimento de deslizamento for feito, provavelmente o pé irá prender no solo, levando à torção do tornozelo. Pode ser dividida em 3 estágios: leve, moderado e grave. O tratamento inicial é com fisioterapia e visa o retorno às atividades o mais breve possível, baseado em redução do edema, reparo das estruturas lesionadas e fortalecimento dos tendões estabilizadores dinâmicos e exercícios de equilíbrio e propriocepção.

Recapitulando:
Tennis Leg é uma ruptura parcial da cabeça medial do gastrocnêmio (panturrilha) durante uma arrancada;
Tennis Toe é um hematoma subungueal causado pela compressão dos dedos dentro do tênis e ocorre mais comumente em quadras duras.
Tenis Elbow é a epicondilite lateral - cotovelo de tenista -, como já foi citado.

      Existem alguns fatores de risco que podem predispor a lesões relacionadas ao tênis, como o volume e intensidade do jogo (treinar 8 horas/semana aumenta o risco em relação aos que treinam 5,5 horas/semana). Quando analisamos a expertise, os atletas principiantes têm uma maior prevalência de lesões quando comparado aos profissionais. Os atletas com empunhadura tipo western têm um risco maior de desenvolver lesões nos tendões extensores do punho, enquanto os com empunhadura tipo eastern sobrecarregam tendões do polegar e flexores do punho. Os praticantes do esporte no piso tipo grama (como Wimbledon) ou saibro (Roland Garros) apresentam índices menores de lesões em relação aos torneios realizados em piso "duro" (Abertos da Austrália e dos Estados Unidos).
Algumas dicas: procure jogar com raquetes adequadas e não muito leve (menos do que 290 gramas). Utilize antivibrador. Flexione bem os joelhos para sacar e bater o backhand. Evite colocar tensão superior a 58 libras nas cordas. Raquetes com perfil largo reduzem a chance de desenvolver tennis elbow.

     Para tenistas não competitivos, treinamento físico inadequado e técnicas impróprias podem ser a causa de lesões. Embora a maioria das lesões neste esporte se dê por treino excessivo, a boa notícia é que tais lesões podem ser prevenidas com algumas mudanças nas rotinas técnicas e de treinamento.
Se tiver uma dor muito forte perto de articulações (especialmente joelho e tornozelo) que não apresente melhora num período de até 5 dias , vale a pena procurar um ortopedista, de preferência com experiência em Esportes. Pode ser que uma pequena lesão esteja acontecendo e o tratamento precoce pode evitar a complicação da lesão.

     O limite do nosso corpo, geralmente, a gente só conhece quando ultrapassamos ele, portanto, CUIDADO.


Referências Bibliográficas
Abrams GD, Renstrom PA, Safran MR. Epidemiology of musculoskeletal injury in the tennis player. Br J Sports Med. 2012 Jun;46(7):492-8.
Sell K, Hainline B, Yorio M, Kovacs M. Injury trend analysis from the US Open Tennis Championships between 1994 and 2009. Br J Sports Med. 2012 Aug.
British Journal of Sports Medicine. 40 (5), 454-459, 2006.


 
Dr. Rodrigo Góes é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e especialista em cirurgia de joelho e medicina esportiva. Formado em 2002 pela Escola de Medicina Souza Marques, integrou o corpo médico do COB em 2012, nas Olimpíadas de Londres. Por 11 anos, fez parte do Depto. Médico do futebol amador do Fluminense e atualmente é responsável pela equipe Niterói Vôlei Clube e dos judocas do Instituto Reação, do medalhista olímpico Flávio Canto. É professor de Pós-Graduação na Universidade Veiga de Almeida e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Site: www.rodrigogoes.com

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Vintage Tennis Posters







Jairo Garbi, especialista em equipamentos de tênis

Fonte: http://www.tennisreport.com.br


DSCN4283Jairo Garbi, também conhecido como "Jairo Raquetes" 
Ele já virou referência quando o assunto é equipamento de tênis. Há mais de vinte anos no mercado, Jairo Garbi encontrou no esporte a realização pessoal e também a profissional.
Hoje recebe clientes de todo o Brasil: amadores, jogadores profissionais e ex-tenistas nas duas lojas localizadas em São Paulo. 
E foi lá, na Tênis ProShop, que batemos um super papo com um dos maiores especialistas em raquetes do país. Confira!

Como você descobriu o mercado de equipamentos?
 Jairo - Trabalhei, por dez anos, numa fábrica que fazia as raquetes Procópio, Dornnay, Prince e Wilson, sediada na Zona Franca de Manaus. A fábrica fechou, foi vendida e eu fiquei perdido. Pensei que com uma loja eu poderia atingir meus objetivos pessoais e profissionais. E há 23 anos montei a Tênis ProShop no Shopping Eldorado, em São Paulo.

DSCN4299Tênis ProShop - Shopping Eldorado
Você sempre jogou tênis?
Jairo - Sempre joguei, mas quem me conhece sabe que eu sempre fui um jogador bastante medíocre (rs).
Existe uma raquete perfeita?
Jairo - Não. Uma pessoa que tem o primeiro saque muito chapado e forte diz que aquela raquete é a melhor do mundo pra isso. Então essa mesma raquete não pode ser perfeita para um saque com efeito. Ou se uma batida continental é ótima com uma raquete, não tem como a mesma ser perfeita para uma batida com muito spin. Existe a raquete perfeita para determinados golpes, mas nunca pra cem por cento deles.
Qual a diferença entre uma raquete com cabeça maior, tipo a Yonex, e uma com cabeça menor?
Jairo - A raquete com cabeça maior é a que todo tenista amador deveria usar. Nos Estados Unidos, a venda de raquetes oversize é maior do que as raquetes midsize ou midplus. Na América do Sul o número é absurdo: de cada dez raquetes vendidas, 9 são midsize. Além de serem mais fáceis para se ter um bom ponto de contato, as "cabeçudas" soltam mais a bola e geram menos vibração para o braço.
Há raquetes com mais peso no cabo, outras na cabeça e também as mais equilibradas. Qual a função de cada uma?
Jairo - As raquetes competitivas têm o peso e o equilíbrio dirigidos pro cabo, o que gera controle de bola. Já as que têm o peso concentrado na cabeça são as de perfil largo, longas, com poucas cordas e geram velocidade. Quando se tem muita potência, há menos controle e vice-versa.
O mercado esportivo está sempre cheio de novidades e lançamentos. Como saber a hora certa de trocar a raquete?
Jairo - Quando se é criança isso é muito fácil porque você vai evoluindo, crescendo e a raquete se torna incompatível em relação aos seus adversários. Por exemplo: um garoto cresceu um palmo em dois anos, os adversários também. A bola fica mais pesada. Se ele não tem uma raquete com um pouco mais de massa e no comprimento adequado, não consegue jogar. Na fase adulta, quando a pessoa já tem um estilo de jogo definido, não há essa necessidade. A não ser que o jogador tenha uma evolução muito acima da média ou tenha utilizado uma raquete errada. Então se ele tem um movimento de braço longo e usa uma raquete pra swing curto, que solta muito a bola, é natural uma queda no controle. Vai depender do estilo de jogo dele.
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Qual raquete, que tipo de corda e quantidade de libras você recomenda para um tenista iniciante?
Jairo - Corda de tripa sintética. Se a pessoa puder gastar um pouco mais, indico a multifilamento. São cordas que absorvem muito o impacto e colocam menos em risco o braço do jogador. A tensão depende de raquete pra raquete, mas hoje a tendência é não se usar alta tensão, inclusive entre os profissionais porque as cordas não afrouxam com tanta rapidez como antigamente, a perda de libras é menor e as máquinas eletrônicas são muito mais precisas.
A gente sabe que um tenista profissional carrega várias raquetes. E um amador, ou aquele que só bate uma bolinha no fim de semana, quantas raquetes deve ter?
Jairo - O ideal é o amador ter duas raquetes. Quebrou a corda? Coloca na raqueteira, joga com a outra e depois vai pra casa. A não ser que jogue torneios e aí a corda pode deixar o tenista na mão. A dica é ter duas raquetes com tensões diferentes. Num dia o jogo é na quadra rápida, no outro é no saibro, mais lento, ou até mesmo na altitude. São variáveis que justificam o amador ter um par de raquetes.
Muitos clientes chegam às lojas e dizem: “eu quero a mesma raquete do Roger Federer!”. Sabemos que as raquetes utilizadas pelos profissionais são customizadas de acordo com as necessidades de cada um. O que difere a Wilson BLX de Roger Federer da Wilson BLX que você vende na loja? Como explicar isso ao cliente?
Jairo - É bem complicado, principalmente para os jovens, que querem a raquete dos ídolos e nem sempre isso é possível. As raquetes dos profissionais, em geral, são as mesmas que a gente encontra nas lojas. Só que o profissional precisa de um peso maior, um equilíbrio pessoal. É a chamada customização, feita exclusivamente para ele, que joga num nível avançado. O amador pode usar o mesmo modelo do profissional, que não é customizada, mas é mais pesada e exige muito do braço do jogador. A diferença é que o tenista amador joga duas ou três vezes na semana, já o profissional joga 4 horas por dia e faz preparação física. Então pra jogar com uma raquete de profissional tem que ter preparação senão vai ter uma “conta física pra pagar”.
A variedade de cordas é cada vez maior no mercado. Como escolher a ideal?
Jairo - O nylon é muito simples, a gente brinca que é nylon de pesca, mas atende a um grupo específico de jogadores: os que querem pagar pouco ou jovens iniciantes. Já a tripa natural é a melhor do mercado, mas tem um preço elevado e a durabilidade é pequena. Se eu pudesse dividir todas em dois grupos diria que todo amador deve usar cordas de multifilamento e todo profissional deve usar cordas de copolímeros.
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Quais as vantagens de um encordoamento híbrido?
Jairo - O híbrido tem várias funções, mas a principal é otimizar a durabilidade sem tirar totalmente o conforto. Quando o jogador usa a multifilamento e quebra muitas cordas, sugerimos o híbrido: multifilamento nas transversais + copolímero nas verticais, que são as que quebram com mais facilidade. Só pra citar como exemplo, Roger Federer usa encordoamento híbrido.
Qual a diferença entre o encordoamento feito numa máquina eletrônica e o feito numa máquina manual?
Jairo - A diferença é brutal. As manuais desregulam com muita facilidade. Se forem encordoadas duas ou três raquetes na sequência, a primeira será totalmente diferente da última. Já as eletrônicas são autoreguláveis e o encordoamento é indêntico para todas.
DSCN4292Serviço de encordoamento na Tênis ProShop
Outro detalhe muito importante é a empunhadura, que varia muito de pessoa pra pessoa. Como saber o tamanho correto?
Jairo - As boas lojas têm um medidor de mão, o que facilita bastante na hora da compra. É como calçar um tênis: é o seu pé que está lá dentro, então é você quem tem que dizer se está confortável ou não. Mesmo utilizando o medidor, é preciso empunhar a raquete e obervar um regra básica: medir a distância entre o terceiro dedo e a bochecha do dedão, que deve ser de um dedo entre eles. Esse é o tamanho correto.
Como escolher o overgrip?
Jairo - Existem dois tipos de overgrip: o que te dá mais absorção e o que te dá mais aderência. Se você transpira muito, escolha os porosos que vão absorver mais o suor. Caso contrário, prefira os de aderência.
O leather grip ainda é usado por alguns profissionais, mas é difícil de ser encontrado no mercado. Pra que ele é indicado?
Jairo - O grip de couro tem uma grande vantagem: ele marca as arestas da raquete e, assim, é mais fácil encontrar a empunhadura durante o jogo. Você troca e identifica a empunhadura muito mais rápido do que se tiver um cabo arredondado ou com as arestas pouco acentuadas.
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Antivibradores são realmente necessários? Por que alguns jogadores usam e outros não?
Jairo - É pessoal. Eu não consigo jogar sem antivibrador. Meus filhos, quando pegam minhas raquetes, a primeira coisa que fazem é tirar os antivibradores. A função deles é reduzir a quantidade de vibrações que a raquete passa pro seu braço, diminuir os ruídos, a sensibilidade. Sempre indico o antivibrador para as raquetes de alumínio, de fibra de vidro e até de fibra de carbono. Para quem compra uma raquete profissional já se pressupõe que o jogador tem ou não o hábito de usar o acessório.
Qual o tempo de vida útil das bolas de tênis? Existe muita diferença de qualidade entre as marcas fabricantes?
Jairo - Existe muita diferença entre bolas. A quantidade de lã que você tem no feltro de uma bola, muitas vezes indica a qualidade dela. Quanto mais sintética, mais rapidamente ela se desgasta. Quanto mais lã tiver, mais tempo a bola vai durar. Além do feltro, há o problema da pressurização, da construção do miolo. Alguns são feitos com grupos de borrachas A, B e C. As bolas Championship são as mais simples, duram pouco, mesmo se não forem usadas. Quando usadas, elas já ficam carecas em 3 ou 4 sets. Já uma bola de primeira linha custa mais, porém é economicamente mais viável pois absorve mais o impacto e tem maior durabilidade. 
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A maioria dos equipamentos tem excelente qualidade e por isso um custo elevado. Como otimizar ao máximo a vida útil da raquete, do grip, do calçado?
 Jairo - Todos os produtos do mercado de tênis são importados, então estamos muito ligados à cotação do dólar e aos impostos. Pra otimizar é preciso saber escolher os produtos e não comprar errado. Por isso procure um profissional da área pra te orientar. Hoje existem raquetes intermediárias com bom preço que são suficientes mesmo para jogadores avançados. Os acessórios são baratos: cordas, grips, cushion grips, antivibradores. O calçado é caro, mas é difícil otimizar porque tênis ruim prejudica muito a postura física do jogador. Pode economizar na raquete, mas não economize no tênis porque o calçado faz toda a diferença.
 No tênis todo cuidado é pouco. Quais os possíveis problemas que um jogador pode ter se não escolher os equipamentos corretos?
Jairo - A raquete deve ser adequada ao jogador, caso contrário pode gerar incômodos no ombro e no cotovelo, o chamado tennis elbow. O calçado correto é fundamental para proteger joelhos, tornozelos, lombar, cervical.
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É importante a comunicação entre professores de tênis e lojistas para que o aluno faça a compra certa e tenha um bom desempenho em quadra?
Jairo - Muitos professores orientam os alunos e isso pra nós, comerciantes, ajuda muito. Afinal é o professor quem tem a verdadeira leitura do estilo de jogo do aluno e de sua vontade de evoluir ou não. São informações importantes que evitam muitas compras erradas.
Quais as dificuldades e os desafios do mercado de tênis no Brasil? Qual a sua avaliação de uns anos pra cá?
Jairo - A gente teve um “efeito Guga” gigante, aproveitamos pouco, ficou um legado mas não tão importante como esperávamos. A sazonalidade do esporte é muito grande e isso dificulta um trabalho a médio e longo prazos. Hoje o mercado está absolutamente estável, infelizmente não cresceu e não vejo muitos incentivos pra isso. As Federações e a Confederação realizam algumas ações e isso pode ajudar o mercado no futuro. Mas, se olharmos pra trás, não vejo um aumento no número de praticantes.
Mesmo com a popularização do esporte no Brasil? Temos recebido mais torneios nos últimos anos.
Jairo - Isso tem ajudado muito, mas os números ainda são ruins. Principalmente com o fechamento das academias de tênis. Num raio de dez quilômetros de onde estamos, cerca de doze academias fecharam as portas e foram vendidas para a construção de empreendimentos imobiliários nos últimos três anos.
Tênis é um investimento que vale a pena?
Jairo - Sem dúvida. Sou praticante há quase cinquenta anos e em casa todos jogam. É um meio esportivo, social e também profissional. Muitas coisas boas acontecem numa quadra de tênis.
 
Mais informações: 
 www.tenisproshop.com.br / www.facebook.com/tenisproshop / Twitter: @JairoRaquetes