Fonte: http://tenisnews.band.uol.com.br/
Por Paulo Muñoz, professor da USTA - Costumo dizer que
conhecemos um bom tenista pelo seu backhand (revés) e pelo segundo
serviço. Por isso, o tema da coluna de hoje busca passar algumas dicas
básicas que poderão contribuir para uma melhora de sua esquerda.
O golpe de revés possui certas peculiaridades e verdades incontestáveis em relação ao
forehand (direita). Vamos aos fatos.
No golpe de forehand podemos fazer pequenas correções através de uma flexão no cotovelo,
esperamos a chegada da bola de frente para ela, estamos com a raquete no braço que está
atrás do corpo, e fazer uso de uma musculatura mais potente como ombro e bíceps, são
algumas facilidades do drive de direita.
No backhand (revés), seguramos a raquete com o braço que está a frente do ombro, não
conseguimos dobrar o cotovelo para retificar o ponto de contato com a bola (timing), no caso
dos jogadores de uma mão que rebatem com o braço mais esticado, temos que olhar a bola por
cima do ombro, quase de costas, a musculatura utilizada é mais frágil. São diversos fatores
fazem do backhand um golpe que requer mais técnica que o forehand (direita).
Mas sempre insisto que uma esquerda bem treinada acaba sendo um golpe mais eficiente,
confortável e natural que o forehand.
Para estabilizar seu backhand é importante seguir uma sequencia que em 1º lugar você faz
um giro dos ombros rotacionando o tronco para o lado da bola assim que você detecta que
seu adversário atacou seu backhand, feito isso, siga em direção ao ponto de contato com a
bola utilizando uma corrida de frente para este ponto, uma corrida natural, em passos curtos
e rápidos para fazer um bom ajuste da bola com a raquete, os destros deverão passar o pé
direito como primeiro passo em direção à bola. Parece irrelevante, mas ajuda bastante o resto
da corrida, quando você parte com o pé esquerdo na frente muitas vezes acaba correndo de
frente para quadra o que é um erro frequente, que compromete toda a sequência do golpe.
DICA: dez passos curtos ajustam melhor a bola que cinco passos maiores.
Durante a corrida, independente se você rebate com uma ou duas mãos, por questões
biomecânicas, devemos firmar a raquete no braço que está atrás, flexionado, deixando
relaxado o que está segurando a raquete para acioná-lo somente na hora da rebatida.
Ao se aproximar da bola podemos fazer pequenos pulinhos para ajustar melhor o ponto de
contato, feito isso apoiamos o peso do corpo no pé que vai a frente para puxar a raquete de
encontro à bola. Fique atento para não colocar este pé para o lado o que te deixará sem apoio
para sustentar o peso da bola, uma boa dica é lançar o pé em direção ao poste da rede, para
você não ficar com o quadril de costas para a bola.
Para conseguir uma fluência no movimento da raquete faça uma preparação em forma de
looping ou elipse (subindo na altura do ombro e descendo na altura da cintura ou abaixo dela)
para que você não interrompa a fluência da dinâmica da raquete.
Não esqueça que não existe um bom golpe sem que deixemos a raquete seguir a bola (follow
thru) em direção ao objetivo-alvo.
Mantenha seu punho estável para não comprometer a colocação de seus golpes.
Evite apertar demais a empunhadura durante o golpe para que as cordas possam modelar a
bola. Em uma escala de aperto entre zero e dez, o seis é uma boa medida.
E que empunhadura devo escolher ?
Cada bola tem a sua empunhadura própria, é só saber que quanto mais ¨virada ou deitada¨
as cordas da raquete, mais efeito e menos profundidade nas bolas e inverso provoca uma
diminuição do spin e um aumento da profundidade, a partir deste conhecimento você esta
apto a decidir qual a empunhadura mais apropriada ao tipo de jogada que você pretende.
Relaxe na hora do golpe e treine bastante, que muito breve seu backhand vai surpreender você.
Abraços e até a próxima dica!
Outras DICAS ou possíveis duvidas terei prazer em atendê-los na loja
Planet of Champions - Tel. 21-2556 3439/ 21-2557 9082 ou ainda pelo
e-mail planetchampions@uol.com.br
Sobre Paulo Muñoz
Dono da loja Planet of Champions, no Rio de Janeiro, é Membro da United
States Racquet Stringer Association (Associação Internacional de
Encordoadores - USRSA) matric nº 28477, Profissional da Associação
Americana de Treinadores de Tênis, Membro da International Tênis
Federation (ITF),Professor de Educação Física (CREF) nº 10184.
Cursos da CBT nível I, II, III, e treina atletas desde 1976.
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