O vice-presidente da Federação Internacional de Tênis (FIT), Juan Margets, visitou as obras das instalações que receberão a modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e mostrou-se empolgado com o projeto, apesar das preocupações iniciais com atrasos.
"Por mais que vejamos fotos, planos, a experiência de pisar no local é única. É verdade que estamos muito animados e muito otimistas. A quadra central está sendo erguida aos poucos e já começamos a imaginar como será o estádio olímpico de tênis", afirmou o dirigente espanhol em entrevista à AFP.
O tênis é modalidade olímpica desde a primeira edição dos Jogos modernos, em Atenas-1896. Saiu do programa oficial em 1928, mas voltou para ficar em 1988.
O Rio de Janeiro tem um grande desafio pela frente se quiser organizar um torneio olímpico da qualidade do último, disputado no lendário complexo de Wimbledon nos Jogos de Londres-2012.
O suíço Roger Federer, que completará 35 anos no meio das Olimpíadas, também confirmou que esperava competir no Rio para tentar conquistar o ouro inédito em simples, depois de faturar o título nas duplas em Pequim-2008, ao lado de Stanislas Wawrinka.
"Não existe um tenista que não sonhe com a medalha de ouro", garantiu Margets.
O complexo de tênis do Rio-2016 está sendo erguido na futura Cidade Olímpica, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. O orçamento é de 164,8 milhões de reais e a entrega está prevista para o terceiro trimestre de 2015.
A obra começou com atraso, mas Margets sentiu-se aliviado ao observar que a estrutura circular de concreto da quadra central já estava bastante adiantada.
"Negar que houve certa preocupação seria ignorar tudo que aconteceu", admitiu o dirigente. "Mas esta visita confirma que as coisas estão no rumo certo. Estamos satisfeitos com a evolução", disse.
O presidente da FIT, o italiano Francesco Ricci Bitti, tinha acionado o sinal de alerta em abril ao afirmar que o "avanço" das obras era "decepcionante", apesar do comitê organizador ter reiterado que o cronograma estava em dia.
Mesmo assim, Margets considera que a preocupação "sempre foi mínima".
A quadra central terá capacidade para 10.000 espectadores. Será erguida outra para 3.000 e uma provisória para 5.000. O complexo ainda terá sete quadras menores de competição, com capacidade para 250 torcedores, e outras seis para treino e aquecimento.
Com o novo complexo olímpico, o Rio de Janeiro atenderá aos pré-requisitos para receber um torneio Masters 1000, a categoria logo abaixo dos Grand Slams. O Rio Open, organizado pela primeira vez em fevereiro no Jóquei Clube, é da categoria ATP 500.
Em 2012, a cidade chegou a se candidatar para sediar o ATP Finals, torneio que reúne os oito melhores tenistas do ano no fim da temporada, mas a entidade acabou optando por renovar o contrato com Londres até 2015.
Fonte: Bandsports
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