Por João Victor Araripe
Aos 33 anos de idade, o suíço Roger Federer ainda vem se mostrando
como um tenista que pode brigar pelos maiores títulos do circuito
mundial. Ele pode já ter conquistado 17 Grand Slams, 84 títulos de
simples quase 90 milhões de dólares em premiação, mas o principal
objetivo de Federer no circuito é a longevidade.
Há dez anos, ele se tornara número 1, e ao invés de escolher
aproveitar o período do seu “auge” para disputar pelo dinheiro e pelos
títulos, junto com sua equipe, Federer já tinha em mente que sua meta
seria ficar na ativa por quanto tempo fosse possível.
“Em 2004, quando me torneio número 1, tomei a decisão com meu
preparador físico que iríamos pensar o longo prazo. O que fizéssemos
seria sempre planejado”, afirmou o atual vice-líder do ranking mundial.
“Claro que poderíamos ter perseguido o dinheiro ou mais vitórias em
torneios. Podíamos jogar com mais frequência, treinar mais, o que
quiséssemos. Mas decidimos que tentaríamos nos manter por volta de 20
torneios por ano, o que é um número baixo”, declarou o heptacampeão de
Wimbledon.
Atualmente, Federer vem fazendo um calendário cada vez mais restrito,
optando por jogar em lugares que nunca havia antes, como na Turquia, ou
até mesmo durante suas passagens nas exibições de final de ano pela
IPTL.
“Se você olhar, antigamente o Kafelnikov jogava 30 ou 32 torneios. Eu
disse que era algo que não queria fazer. Se eu jogar, quero jogar bem.
Quero jogar sem lesões, se possível, porque é óbvio que até os tops
também jogam machucados”, lembrou.
Durante entrevista com a mídia francesa, o natural da Basileia não
garantiu sua presença no Masters 1000 de Roma, podendo-se somar a sua
ausência em Miami. De acordo com seu resultado em Istambul, Monte-Carlo e
Madri, a decisão deverá ser tomada.
“Mas a meta sempre foi me manter por um longo tempo. Eu me inspirava
ao ver tenistas de 32, 35 anos e achava realmente que realmente me
faziam um favor para poder jogar contra eles”, admitiu o suíço que busca
o pentacampeonato em Indian Wells.
“Minha melhor memória é jogar contra aqueles caras que eu via na TV.
Não é como se eu estivesse fazendo um favor aos mais jovens por
continuar jogando, mas acho que no futuro poderá ser apreciado por
eles”, completou.
“Para mim, é importante continuar jogando, continuar aqui o quanto
puder porque eu amo o jogo. Estou feliz pelo sucesso do plano, tenho 33 e
ainda estou super competitivo, saudável e feliz por estar no circuito.
Ainda acho que posso melhor meu jogo. Acho que você tem que se
reinventar. Tênis é um daqueles esportes que você sempre pode fazer
melhor”, concluiu.
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