Tenista amador
A ITF (International Tennis Federation) indica que o Brasil tem juvenis entre os 20 melhores do mundo. Atualmente, são Orlando Luz, em nono lugar, e Luísa Stefani, em 14º. Mas, em geral, os juvenis não evoluem! E qual o motivo denão despontarem como profissionais? A CBT já se interessou saber e enfrentar esta questão?
Só para se ter ideia, a ITF aponta que mais de 80% dos tenistas pagam para jogar, como informou Alexandre Cossenza, em seu blog. “No circuito masculino, que tem 2.168 tenistas ranqueados, apenas os 336 primeiros não perdem dinheiro”.
Ou
seja, até o tenista chegar aos melhores rankings, eles simplesmente
pagam! Em todo o mundo! Com riscos de a carreira não vingar. O que não é
o caso de Bellucci, Melo e Soares, pontos já fora da curva indicada
pela ITF.
Problemas
No Brasil, o sonho de
um Centro de Treinamento de Tênis nunca saiu do papel. O Pan 2007 não
gerou legado, e o dinheiro que a CBT recebe é mal utilizado. Além disso,
poucos tenistas aposentados brasileiros se aventuram, seja como
técnico, dirigente, pois não compensa.
Na prática, não há
condições, estrutura e organização, para massificar o tênis, aumentar o
número de jogadores e desenvolver atletas. O custo para isso é elevado.
Por
exemplo, em São Paulo a média do aluguel de uma quadra de tênis é R$
100,00, somando isso ao preço de R$ 150,00 da hora/aula do professor. o
treino acaba saindo por RS 250,00 hora/aula. Apesar das possibilidades
de planos para fornecer descontos, de treinando em dupla ou sendo sócio
de um clube, o preço para a prática do esporte é inegavelmente caro.
Bolsa
A
Bolsa Atleta não deveria ser para tenistas que estão entre os melhores
do ranking mundial. Mas para os abaixo do Top 300 essa grana é
bem-vinda.
Diante disso, é de admirar termos tenistas como
Bellucci, Melo e Soares, porque, o tanto que o tênis é mal gerido pela
CBT (Confederação Brasileira de Tênis) …
Para a Copa Davis, o
nosso país não teria a menor chance se não houvesse o Bellucci. Nos
últimos anos apenas Bellucci conquistou títulos de nível ATP em jogos de
simples. E são títulos de nível ATP 250!
Estrutura
Acredito
que para o tênis se desenvolver, a CBT deveria usar essa grana dos
Correios (R$ 52 milhões, entre 2008 e 2016) na estrutura do tênis. Como?
Investindo na criação de mais e mais quadras públicas, e reduzir o
custo de treinamento para a iniciação e jovens tenistas, fugindo dos
preços exorbitantes de alugueis, nos clubes.
Investir em
escolinhas públicas de tênis, atendendo crianças de projetos sociais e
disponibilizando professores em preços módicos, seria o ideal. Dinheiro
para isso, na minha opinião, não falta. E a Bolsa Atleta deveria ir pra
molecada de 15 a 18 anos, ainda em começo de carreira.
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