Aviso aos tenistas !! Já está aberto as inscrições para a etapa do
circuito de tênis da serra gaúcha que ocorrerá na cidade de Vacaria no
mês de julho , sendo que as categorias que iniciarem no primeiro final
de semana já irão ser encerradas no mesmo, não havendo a necessidade de
vir duas vezes, a menos que optem por se inscrever em mais de uma
categoria !!!
As inscrições deverão ser efetuadas pelo site www.ctsg.com.br,
quem não for cadastrado é fácil e rápido , contamos com a presença de
todos, corre que haverá limite de inscritos por categoria , qualquer
esclarecimento estou a disposição, um abraço !!!
Houve uma prorrogação na data de inscrição para 1ª CLASSE SM da Etapa Vacaria CTSG, sendo assim a mesma será no segundo final de semana da competição.
Categorias do segundo final de semana (1ª SM, 2ª SM, 4ª SM, 35 A, 2SF, 55 anos) poderão se inscrever até dia: 05/julho, pois os jogos serão realizados a partir do segundo final de semana que será dia 11 e 12 de julho.
As categoria 12 anos mas e fem estão abertas e poderão se inscrever para o primeiro final de semana, onde as inscrições encerarão neste domingo dia 28.
Eu comecei a jogar tênis
muito cedo, devia ter uns 5 anos de idade quando entrei na escolinha.
Na minha família todos jogam, meu pai é viciado, minha prima quase foi
profissional, meus tios jogam, minha mãe já jogou e todos meus amigos
jogavam, comigo não seria diferente.
Desde
então eu desenvolvi uma paixão muito grande por este esporte, mas
também sentia raiva por não saber fazer outra coisa, como jogar futebol
ou andar de moto por exemplo.
Os
anos se passaram e eu continuo jogando tênis, já fazem 20 anos. Nesse
tempo, aprendi muito através do esporte e evolui como pessoa, passei por
cada fase da minha vida jogando tênis e isso contribuiu muito para
minha formação.
Sendo assim,
optei por compartilhar o que eu aprendi em 20 anos de tênis que me
ajudaram a ser uma pessoa melhor, assim quem sabe posso inspirar você a
começar jogar também:
1. A prática leva à perfeição
Quando eu comecei jogar eu era muito novo e impaciente, queria logo acertar a “bolinha”
e ganhar. Era meu objetivo, mas percebi que não seria possível
conquistá-lo se eu não praticasse mais, visto que haviam outros colegas
que jogavam melhor que eu.
Isso
por si só já me deixava bravo, eu era extremamente imediatista e não
aceitava a ideia de que levaria tempo até eu ficar bom em algo, a minha
visão era: “tênis é só bater a raquete na bolinha, qual o segredo?”.
Nem
de perto tênis é isso, o esporte é muito mais complexo do que parece e
surpreende todos que tentam pela primeira vez. Isso me impactou e trouxe
uma motivação extra pra mim, a de ficar bom logo para que eu pudesse
ganhar de outras pessoas.
Aprendi
portanto que praticar é o melhor caminho para atingir a perfeição, e
que a perfeição é constante, infinita. Comecei a treinar 4 dias por
semana e jogava o máximo que podia, com amigos, família e amigos da
família.
O resultado era
visível, a cada jogo eu me sentia mais confiante e forte, os adversários
percebiam isso e eu fui (com os anos) me tornando um adversário cada
vez mais “casca grossa”.
2. O objetivo não pode ser vencer, mas sim evoluir
Lembra
que eu disse que meu objetivo era vencer? Então, eu descobri que é
errado pensar assim. Antes de querer vencer é preciso querer evoluir.
No
tênis os objetivos tem que ser gradativos, um pouco de cada vez. Você
começa querendo melhorar sua batida, depois a movimentação dos pés, seu
saque, condicionamento físico, voleio e assim por diante. A cada
evolução você se aproxima mais do objetivo “vencer”, que apesar de ser o
cerne de uma partida de tênis não é algo tão relevante assim, visto que
você pode perder um jogo mas sair de lá vitorioso consigo e feliz com o
desempenho.
Já vi muitos
jogos onde o atleta perde e é ovacionado pela arquibancada, tudo isso
porque deu seu máximo na partida, protagonizou lances incríveis e acabou
sendo (apesar da derrota) o grande vencedor do dia, aplaudido por
todos, inclusive por seu adversário.
Esse “tesão”
que o tênis proporciona não tem preço, saber que você evoluiu
tecnicamente e tem jogado melhor é o grande objetivo de cada tenista.
3. Pensar antes de agir e de forma rápida fazem a diferença
O
tênis me ensinou que a capacidade de raciocinar é muito importante, até
mais que o seu condicionamento físico. Pensar e executar a jogada certa
coloca o tenista em vantagem, por isso é tão importante o silêncio das
arquibancadas em uma partida, para que o jogador possa se concentrar ao
máximo e executar os melhores golpes.
Isso
quer dizer que o tenista deve pensar o tempo todo no que irá fazer na
partida, como vai se comportar perante o adversário e o que será preciso
para fazer um bom jogo. Mas imagine agora fazer tudo isso em milésimos
de segundos antes da “bolinha” chegar para você rebater?
É
difícil, por isso sou muito grato ao tênis por ter me ajudado a
desenvolver essa habilidade de pensar ates de qualquer movimento e de
tomar decisões rápidas.
4. Você pode estar ganhando de lavada quando de repente…
Aqui vai um ensinamento importante que aprendi com o tênis, não há vitória antes do “apito final”. Já
joguei partidas em que estava ganhando por 4 x o quando de repente vi
meu adversário crescer e virar o jogo, abalando totalmente minha
confiança.
Isso aconteceu várias vezes!
Fiz uma partida uma vez com um garoto que estava com o braço quebrado, logo que o vi entrando em quadra pensei: “esse jogo tá na mão, o cara não tem como ganhar de mim com o braço desse jeito”. Mas foi exatamente o que aconteceu, ele entrou super confiante e foi “pra cima”, eu me assustei e acabei perdendo para o cara com o braço quebrado.
Não me conformo até hoje, mas aprendi na pele a importância de não subestimar um adversário.
5. Pequeno x Grande, Novo x Velho
Uma
das coisas que eu mais gosto no tênis é que ele é um esporte social,
onde crianças, adolescentes, adultos e mais velhos jogam. Um garoto de
16 anos pode facilmente ganhar de um adulto de 30 por exemplo, uma
pessoa mais velha pode ganhar da mais nova, a garota pode ganhar do
garoto e por aí vai.
É um esporte maravilhoso que faz com que pessoas de todos os tipos se envolvam com um único objetivo: jogar tênis e se divertir.
6. Aprenda a chorar, é normal e faz bem
Muitas vezes eu chorei após perder uma partida, eu queria ter vencido mas não consegui. É neste momento que “bate” aquela “deprê” em que você fica pensando no que poderia ter feito diferente, aonde você errou etc.
A
verdade é que chorar meio que dá um alívio no peito, finalmente você
conseguiu relaxar depois de uma partida tão tensa. É o melhor momento
para erguer a cabeça, fixar bem nos pontos fracos e voltar lá para o tópico número 1, onde digo que praticar leva à perfeição.
Mas
lembre-se, chorar de felicidade também é muito bom, vencer um torneio
ou uma partida importante e cair no choro é descarregar as emoções e
comemorar o feito, afinal, quem treina e se esforça para conquistar algo
sabe o “gostinho” que uma vitória tem.
7. Cuide do seu corpo, você mora dentro dele
O
tênis me ensinou que o nosso corpo é a nossa casa, portanto, é preciso
se alimentar bem, cuidar da saúde, praticar esportes e atividades
físicas, se divertir, descansar e manter um “lifestyle” saudável para que você possa se sentir melhor.
Um
atleta profissional leva a sério isso, é um grande diferencial em
competições. Mas se você é um atleta ocasional, como eu, o importante
mesmo é se cuidar e tentar manter um vida saudável o máximo possível,
evitando excessos.
E claro, jogar tênis sempre que possível!
8. Aproveite o networking que o tênis oferece
Tênis
é de certa forma um esporte caro de se praticar, não é comum encontrar
quadras disponíveis a população no Brasil, geralmente elas estão em
clubes privados que nem todos tem acesso.
Eu
nasci no interior e na minha cidade tênis é um esporte popular, há um
clube especializado que reúne um bom número de associados, muitos deles
da cidade e outros turistas de final de semana que vão para passear e
jogar algumas partidas.
Muitos
destes jogadores são empresários na cidade, comerciantes, funcionários
públicos, executivos e profissionais liberais (médicos, advogados e
dentistas por exemplo), o que faz do clube um excelente lugar para se
fazer networking.
Eu
mesmo fiz grandes amizades por lá e colho bons frutos desses
relacionamentos até hoje. Sou muito grato ao tênis por ter feito bons
amigos, pessoas que certamente vão agregar em minha vida e que no futuro
poderei fazer negócios, contratar os serviços e até mesmo vender algo
para eles.
9. Tudo depende somente de você
Apesar
de ser um clichê, é a mais pura verdade. O tênis me ensinou que nesta
vida tudo depende dos nossos esforços, de quanto realmente queremos
algo.
É claro que a sorte, o networking e
outros fatores podem contribuir para você alcançar seus objetivos, mas a
grande verdade é que tudo o que você quiser conquistar depende
unicamente de você, se quer ser campeão é preciso trilhar um caminho até
este objetivo, se quer apenas melhorar seu jogo, é preciso força de
vontade para ir praticar e assim por diante.
O
tênis é um esporte que te ensina a ter disciplina, pois, te desafia
constantemente para isso. Se você quer melhorar seu jogo precisa ter
disciplina para ir treinar, se quer emagrecer, mesmo coisa.
10. Divirta-se
Aprendi
com o tênis que mais importante que vencer uma partida é se divertir
jogando ela. Isso não faz de você menos profissional ou então um
adversário mais fácil, na verdade, faz de você uma pessoa melhor.
Como disse na lição 2,
o objetivo não pode ser vencer, tem que ser alguma outra coisa que te
leve a este caminho. Eu acredito que se divertir é o melhor deles, pense
bem, quando você faz algo que te faz feliz a chance de você fazer isso
bem feito é muito maior. Consequentemente a vitória ficará mais próxima.
E
mesmo se você não ganhar, pelo menos você se divertiu, jogou com um
amigo, deu risada dos seus erros e foi para a casa se sentindo bem,
satisfeito em ter suado a camisa e feliz em ter jogado.
Esse
é o espirito do tênis, um esporte extremamente competitivo mas que nos
permite ser feliz em cada partida, pois, o que realmente importa é
entrar em quadra e fazer um bom jogo.
Acabou…
Espero
que tenham gostado deste texto e que de certa forma eu tenha inspirado
você a jogar tênis, quem sabe não nos encontramos por aí para bater uma “bolinha”?
Leia meu blog, será uma honra recebê-lo! Me segue no Twitter!
O Projeto Massificação do Tênis, que visa difundir a prática do esporte em todo o Brasil, agora conta com oito núcleos: Araçariguama (SP), Itapevi (SP), Campinas (SP), Santana de Paranaíba (SP), Poá (SP), Araras (SP), Itanhaém (SP) e Vila Velha (ES), inaugurado em maio. O Projeto Massificação do Tênis, que desenvolve um trabalho junto a prefeituras, clubes e centros de treinamentos, é iniciativa do Instituto Tênis, instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento do tênis nacional.
Além do aumento do número de núcleos (de seis no final de 2014 para oito), este ano, o projeto pretende impactar 1.600 crianças de seis a 10 anos. Para isso, será realizado um trabalho junto às escolas públicas das regiões onde o projeto está instalado para selecionar aqueles alunos que gostem e se identifiquem com o esporte e levá-los a um ambiente profissional, conseguindo um melhor desenvolvimento.
“Para que essas crianças se desenvolvam, tanto como cidadãos como futuros profissionais, o Projeto Massificação do Tênis está fazendo parcerias com centros de treinamentos privados, como clubes e academias de tênis, para levá-los para treinar em ambiente profissional”, afirma Cristiano Borelli, diretor-executivo do Instituto Tênis.
De acordo com o coordenador do Projeto Massificação do Tênis, Marcelo Motta, com um maior número de crianças participando do Projeto, tem-se também mais jovens se destacando no tênis e com potencial de progredir na carreira como tenista. “Além de contribuirmos para identificar novos e futuros talentos, queremos proporcionar uma oportunidade de desenvolvimento profissional para jovens carentes, seja com a carreira de treinador ou como atleta”, comenta Motta. Um importante diferencial do Projeto Massificação do Tênis é que, além de seguir diretrizes da Federação Internacional de Tênis (ITF) relativas aos materiais adequados à faixa etária dos atletas mirins, são utilizados avaliações, gráficos de desempenho, planos de aulas e estratégias de como abordar as crianças para ensinar o esporte. “Os materiais são apropriados tanto ao tamanho quanto ao peso e dimensões das crianças, o que facilitou o manuseio e, consequentemente, o prazer pela prática.
Outro ponto positivo foi o envolvimento dos professores, fundamental em todo o processo e extremamente positivo, pois para a maioria deles o tênis é uma novidade”, afirma Motta. Aprovado junto ao Ministério do Esporte, com receitas provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte e patrocínios privados, o projeto chega a Vila Velha com parceria com o academia NTênis. Em Poá, a parceria é com o projeto Gerando Falcões e em Santana de Parnaíba, com a Fundação Eprocad. Já em Campinas, o Projeto conta com o apoio da escola Alberto Medaljon, do Instituto Ricardo Mello e da Hípica de Campinas.
Nas cidades de Araçariguama, Itapevi, Araras e Itanhaém, o projeto é desenvolvido junto às prefeituras, com a utilização de centros esportivos das cidades. Além destes oito núcleos vinculados ao Ministério do Esporte, outros três núcleos têm o acompanhamento do Instituto Tênis, com orientações aos professores e acompanhamento do desenvolvimento das crianças. Eles estão localizados em Belém, Fortaleza e Brasília. Ainda de acordo com o coordenador do Projeto, o objetivo de longo prazo é atingir 500 mil crianças. “Nossa intenção é levar a prática do esporte para todas as regiões do Brasil”, finaliza Motta. Sobre o Instituto Tênis: Fundado em 2002, o Instituto Tênis é uma instituição sem fins lucrativos que apoia o desenvolvimento do tênis nacional. Reconhecido como centro de treinamento referência de atletas de alto rendimento, executa um planejamento diferenciado, com o objetivo de formar tenistas capazes de alcançar o posto de número 1 do mundo. O Instituto conta com o patrocínio do Itaú, Vivo e da Fundação Lemann e co-patrocínio das empresas SAP, Braskem, PDG, KPMG, Alupar e Babolat. São empresas parceiras a SONNE, a FLOW e o INA. A instituição recebe apoio da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte.
Mais informações para a imprensa: Instituto Tênis
Note! Comunicação Danieli Massone e Katiuscia Teodoro imprensa@institutotenis.org.br (11) 3796-9067
A terceira edição do WTA de
Florianópolis, Brasil Tennis Cup, terá uma novidade. O torneio, que
acontece entre os dias 25 de julho e 01 de agosto, será disputado pela
primeira vez em quadras de saibro ao nível do mar no Costão do Santinho.
As condições são favoráveis às tenistas brasileiras que terão a
oportunidade de disputar um torneio da elite do tênis feminino mundial
na corrida pela vaga nos Jogos Olímpicos Rio-2016.
Durante a Clínica de Tênis, teremos o QUALI do torneio, mini-clínica para crianças com atletas que participarão do torneio e as principais atletas trocando bolas e experiências com os participantes da clínica !!!! Será um momento único !!!!
Após dois anos na sede da Federação Catarinense de Tênis, o torneio
com premiação de US$ 250 mil acontecerá no Costão do Santinho Resort. As
quadras duras também dão lugar ao saibro, piso preferido das
brasileiras, o mesmo no qual Teliana Pereira conquistou este ano seu
primeiro título WTA.
“Foi muito importante no primeiro momento do evento ele vir para a
Federação Catarinense. Mudamos para o Costão em função de estar muito
claro para a gente a importância deste momento do tênis feminino no
Brasil”, afirma Rafael Westrupp.
Garantidas diretamente na chave principal sem a necessidade de
convite ou qualifying, Beatriz Haddad Maia e Teliana Pereira aprovaram a
mudança de local do torneio e acreditam que a nova casa será bastante
favorável às brasileiras.
“Eu gostei, é meu piso favorito, onde me sinto melhor e mais
confiante. Será uma mudança que irá beneficiar as brasileiras esse ano”,
afirma Teliana.
Criado com o objetivo de recolocar o Brasil no mapa dos grandes
eventos do tênis feminino mundial e assim desenvolver o tênis feminino
brasileiro, o WTA Brasil Tennis Cup ajudou a melhorar o patamar do tênis
brasileiro. Em 2013, antes da primeira edição, a número 1 do Brasil era
a 116ª do ranking mundial, hoje é 76ª, uma grande evolução.
Além de Bia e Teliana, o torneio ainda tem espaço para mais tenistas
brasileiras, com Paula Gonçalves podendo entrar direto na chave como
alternate, além dos três wild cards disponíveis para a organização. No
qualifying, uma das vagas será da campeã brasileira sub-23 anos.
Além das brasileiras, uma das estrelas deste ano em Florianópolis
será a americana Bethanie Mattek-Sands, campeã de duplas do Australian
Open e de Roland Garros neste ano, que integra o top 10 mundial de
duplas da WTA.
Como nas edições anteriores, o evento terá a presença de jovens
estrelas da WTA, como a alemã Annika Beck, de 21 anos, que já tem um
título WTA na carreira, conquistado o ano passado em Luxemburgo, a
croata Ajla Tomljanovic, de 22 anos, que este ano fez sua primeira final
de WTA.
Ao todo, o Brasil Tennis Cup tem 21 atletas de 14 países que estão
garantidas diretamente na chave principal, com representantes de
Alemanha, Argentina, Brasil, Cazaquistão, Croácia, Espanha, Estados
Unidos, Japão, Luxemburgo, Paraguai, Polônia, Romênia, Rússia e Suécia. A
lista de inscrição do qualifying se encerra no dia 7 de julho.
Fonte: TenisBrasil (editado)
Ainda dá tempo !!!!
Consiga descontos e condições especiais !!!! Faça parte do grupo da serra gaúcha e participe da clínica de tênis.
Por José Nilton Dalcim - 14 de junho de 2015 às 21:19
Depois de tanto tempo, enfim a ATP fez o que a maioria exigia e
dobrou a importância da curta temporada sobre as quadras de grama.
Embora apenas um novo torneio tenha sido criado, o de Stuttgart, que
abandonou o saibro, o que valeu mesmo foi elevar Queen’s e Halle para a
condição de ATP 500. Como nem tudo é perfeito, ainda não entendi por que
manter os dois na mesma semana, dividindo as grandes estrelas e
enlouquecendo os organizadores.
Queen’s tem mais de 100 anos de história, não é um torneio qualquer.
Sempre foi considerado o mais importante aquecimento para Wimbledon, e a
partir de agora ficou ainda mais seletivo, já que a ATP forçou a
redução da chave principal de 48 para 32 participantes, ao mesmo tempo
que a bolsa saltou para 1,7 milhão de libras. Ficou tão absurdamente
forte que o último a entrar direto foi o russo Mikhail Youzhny, 58º da
lista de inscrição.
Teremos jogos incríveis logo na primeira rodada, especialmente Stan
Wawrinka contra Nick Kyrgios, ou seja, o 4 contra o 28. E o australiano é
nada menos que o quadrifinalista de Wimbledon do ano passado. Também
teremos Grigor Dimitrov, o atual campeão, contra Sam Querrey, vencedor
em 2010. As quartas de final apontam para Wawrinka-Nadal e Dimitrov-Andy
Murray, duelos que realmente poderão valer como excelente prévia para
Wimbledon.
Halle ficou um tanto mais fraco, nem tanto pelo ranking dos
principais nomes mas pelo histórico menos expressivo na grama, caso de
Kei Nishikori, Gael Monfils, Pablo Cuevas. Ainda assim é fácil ver que
Roger Federer deverá ter trabalho se quiser chegar ao oitavo troféu:
Kohlschreiber é freguês mas já ganhou o torneio; Stakhovsky tirou o
suíço na segunda rodada de Wimbledon de 2013; Tomic conhece bem a
grama;. e Berdych decidiu Wimbledon depois de tirar o suíço.
Aliás, não pode passar batido o fato de que esta revigorada temporada
de grama tem tudo para recuperar o interesse do público alemão pelo
tênis, o que despencou ano a ano com a falta de um grande campeão.
Stuttgart contratou Nadal e viu um sucesso incrível de audiência. Halle
tem sempre Federer como maestro principal, garantia de casa cheia, além
do ídolo Tommy Haas e da esperança Alexander Zverev.
E Nadal? Cumpriu muito bem seu papel. Demorou para pegar ritmo nas
primeiras rodadas, o que é absolutamente normal não só pela dificuldade
natural do piso mas também por seu momento, e evoluiu até apresentações
convincentes no sábado e domingo. Tudo bem, Gael Monfils e Viktor
Troicki não têm currículo na grama. No entanto, a forma com que Rafa se
impôs, trabalhando muito bem o saque e apostando nos voleios, reforça
aquilo que eu previra após Roland Garros: mesmo não sendo o Nadal de
antes, ele é bom o suficiente para qualquer top 20.
Claro que ganhar Stuttgart não aumenta seu grau de favoritismo para
Wimbledon. Terá de mostrar mais em Queen’s, onde possui duas boas
primeiras rodadas para embalar. Pode ser impressão falsa minha, porém me
pareceu que o espanhol tirou algumas libras de pressão das cordas –
talvez esteja algo na casa das 48 ou 50 -, o que seria uma alternativa
frutífera na ideia de ganhar peso e profundidade nos golpes de base e
ainda maximizar o efeito topspin. De quebra, ainda poupa o braço.