Assim como na edição do ano passado, o 48º Banana Bowl 2018 se dividirá entre as cidades de Criciúma-SC, onde será realizada a categoria 18 anos, e Caxias do Sul-RS, que sediará as disputas das demais categorias: 12, 14 e 16 anos, além do Tennis Kids (de 8 a 11 anos).
Em Criciúma, o palco dos confrontos será novamente a Sociedade Recreativa Mampituba, que tem seis quadras abertas e outras seis cobertas e que fez diversas melhorias em suas instalações desde a última edição.
Em Caxias do Sul, a sede será o Recreio da Juventude, que também possui uma excelente estrutura e estará aberta todos os dias de competição para acesso.
As disputas da chave principal das categorias 18, 16 e 14 anos vão de 19 a 24 de fevereiro, com os dias 17 e 18 reservados para o quali. As categorias 12 anos e Tennis Kids ocorrerão de 21 a 25 de fevereiro.
O Banana Bowl é organizado pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT), em parceria com a Federação Catarinense de Tênis (FCT) e com a Federação Gaúcha de Tênis (FGT), e com supervisão da Federação Internacional de Tênis (ITF) e da Confederação Sul-Americana de Tênis (Cosat).
Patrocinadores: Correios, Peugeot, Companion, Wilson, Florense, Croassonho GMS e Unimed
HISTÓRIA
O Banana Bowl foi criado em 1968, durante o congresso do Campeonato Sul-americano, em Caracas, Venezuela. O nome Banana foi sugerido por Alcides Procópio, então presidente da Federação Paulista de Tênis, que gostaria de criar uma versão tropical do Orange Bowl.
“Já que copiamos tudo dos Estados Unidos e eles têm o Orange Bowl, então nós teremos o Banana Bowl”, disse Procópio em 1998 ao lembrar da criação do evento.
No início, o nome provocou comentários bem humorados e muita brincadeira, mas logo o evento ganhou popularidade e outros países sul-americanos se juntaram aos quatro fundadores: Brasil, Argentina, Peru e Bolívia. O primeiro torneio não oficial, foi em 1969, no Esportes Clube Pinheiros, em São Paulo, com tenistas desses quatro países. O campeão masculino foi o argentino Roberto Graetz e a campeã da chave feminina foi a brasileira Marlene Flues.
Em 1970, aconteceu o I Banana Bowl, no Clube Paineiras do Morumby. Nos anos de 1971 e 1974, o torneio teve como sede a Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto. Até 1975, apenas tenistas sul-americanos participaram do torneio. Em 1972, 73, 75 e 77, a cidade de Santos recebeu a competição e em 1978, o torneio voltou para a capital paulista. Um dos grandes marcos do torneio aconteceu em 1977, quando se iniciava uma rivalidade histórica do tênis mundial entre o americano John McEnroe e o tcheco Ivan Lendl, adversários na final disputada no Tênis Clube de Santos, com vitória de McEnroe, que no mesmo ano ganharia seu primeiro Grand Slam nas duplas mistas de Roland Garros, além de alcançar a semifinal de simples em Wimbledon.
Sete anos depois da primeira edição, o Banana Bowl ganhou maioridade com a participação de tenistas da França, Espanha e Japão. Nos anos seguintes, o número de países participantes aumentou, chegando a 16 em 1979.
No início, o predomínio era brasileiro e argentino, mas logo em seguida, outros sul-americanos passaram a lutar de igual para igual, como Uruguai, Equador, Venezuela e Chile.
Quando o torneio ganhou peso internacional, jogadores de talento passaram a disputar o Banana Bowl e alguns dos melhores tenistas profissionais do mundo passaram pelo Brasil e conquistaram o título do campeonato, ainda como juvenis, entre eles o norte-americano John McEnroe, o tcheco Ivan Lendl, a argentina Gabriela Sabatini, o austríaco Thomas Muster, os argentinos José Luis Clerc, Mariano Zabaleta, o francês Yannick Noah, a eslovaca Dominika Cibukova, a russa Svetlana Kuznetsova, a sérvia Ana Ivanovic e os brasileiros Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni, Andrea Vieira, Jaime Oncins, Flávio Saretta, Thomaz Bellucci, Teliana Pereira e muitos outros.
O austríaco Thomas Muster levantou o troféu em 1984, o brasileiro Gustavo Kuerten levou o título em 1992, na categoria 16 anos. Nomes como o do peruano Luís Horna (97), do chileno Fernando Gonzalez (98), de Gilles Muller, de Luxemburgo (2001), de Marcos Baghdatis (2002) e até mesmo do norte-americano Andy Roddick (2000), também foram campeões em terras brasileiras. Na categoria 16 anos, o argentino Juan Martin Del Potro ficou com o vice-campeonato após perder para o brasiliense Raony Carvalho em 2003.
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